Dificuldade de diálogo, ritmo de trabalho de mais de 170 movimentos por minuto, quando o limite humano para não adoecer é de 30 movimentos por minuto, não aceitação de atestados médicos e exposição a gestantes em ambientes de risco, são alguns dos itens que os sindicatos queriam apresentar ao banco acionista sobre o trabalho na JBS.

BNDES é uma sigla que significa: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Este é um banco público, onde os investimentos devem ter a marca do social, com retorno para a sociedade.

E foi neste sentido que os sindicatos indagaram os assessores do BNDES: o banco tem 18% das ações da empresa, e por acaso, tem cobrado a JBS sobre sua responsabilidade social?

A resposta surpreendeu os dirigentes sindicais, pois conforme relata Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, "...justificar que o trabalho social da empresa é tentar combater o trabalho escravo na sua cadeia produtiva, é o fundo do poço!"

Ao final da reunião, os sindicalistas manifestaram seu descontentamento, pois o presidente do banco não os recebe, e coloca um burocrata que não tem sensibilidade social para discutir tais questões com os sindicatos, solicitando que o presidente do banco conseguisse um espaço na agenda para atender diretamente a representação sindical da alimentação, ao exemplo do que faz com a representação empresarial.

E concluem: a luta continua, com o chamado de todos para a audiência na assembleia dos deputados de SP (ALESP) sobre JBS no dia 30 de junho próximo, as 9 horas.