No dia 15 de janeiro, a DPA Manufacturing Colômbia, de propriedade da Nestlé, e os sindicatos Sinaltrainbec¹, Utradpa² e Sintradpa³ iniciaram as negociações do novo acordo coletivo.

Após vinte dias, prazo estabelecido pelo código trabalhista para chegar a um acordo direto entre as partes, não houve avanços em nenhuma das 26 cláusulas que compõem a pauta de reivindicações.

Além disso, a empresa decidiu apresentar uma contraproposta (de acordo coletivo) às autoridades trabalhistas, tentando assim enfraquecer vários direitos adquiridos, adaptando o novo acordo aos seus próprios interesses e benefícios.

Diante da firme oposição da comissão negociadora sindical e com o objetivo de avançar nas negociações, a Nestlé anunciou retirar a contraproposta. Infelizmente, o anúncio não foi seguido por ações concretas.

“Nunca apresentaram uma cópia da comunicação que dizem ter enviado às autoridades. Essa atitude afeta gravemente a credibilidade da empresa e a confiança em suas propostas”, disse À Rel, Carlos Ortiz, presidente do Sinaltrainbec.

Diante da falta de acordo na etapa direta, as partes decidiram prorrogar as negociações por mais dez dias – de um máximo de 20 dias estabelecido pela legislação trabalhista.

“Ainda há grandes distâncias e é muito difícil que possamos resolver o conflito antes do vencimento do prazo. O que pode acontecer é que acertemos uma nova prorrogação de dez dias ou que continuemos para a próxima etapa”, explicou Ortiz.

Nesta segunda opção, seria necessário escolher entre arbitragem e votação de greve.

Ortiz fez um apelo à solidariedade internacional.

“A situação é muito complicada. Pedimos à UITA e à FELATRAN que apoiem essa luta e que se pronunciem junto aos mais altos cargos da transnacional, em busca da solução do conflito”.