Juíza Mylene Ramos Seidl conta a Chico Pinheiro sobre os tristes detalhes do "Sônia Livre", uma história de escravidão moderna.
Texto: campanha #sonialivre
2 | 12 | 2024
Imagem: divulgação
O caso "Sônia Livre" envolve Sônia Maria de Jesus, uma mulher negra, surda e analfabeta, que foi submetida a condições análogas à escravidão desde os 9 anos na casa de um desembargador em Florianópolis.
Ela trabalhou como empregada doméstica sem salário, sem direitos básicos, e teve sua educação e saúde negligenciadas.
Em 2023, foi resgatada por fiscais do trabalho, mas um ministro do STJ permitiu seu retorno à casa dos empregadores, gerando grande controvérsia e críticas de organizações e ativistas. A decisão de "desresgate" é considerada um retrocesso na luta contra o trabalho escravo moderno.
O caso também envolve alegações de tráfico de pessoas, trabalho infantil e outras violações de direitos humanos. Movimentos sociais lançaram a campanha #SôniaLivre para exigir justiça, ressaltando as interseções entre raça, gênero e deficiência no contexto de violência e exploração.