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Dia da Mulher Trabalhadora Rural: Lute como uma agricultora familiar

Hoje, dia 15 de outubro, é celebrado o Dia da Mulher Trabalhadora Rural. Data que propõe a reflexão sobre os grandes desafios colocados às trabalhadoras rurais agricultoras familiares. Também reforça a importância da autonomia econômica das mulheres do campo, da floresta e das águas, que contribuem para reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar e alcançar a igualdade de gênero.

Por Malu Souza – CONTAG

15 | 10 | 2024


Foto: CONTAG

Segundo a ONU Mulheres, praticamente metade da população de mais de 500 milhões de habitantes da América Latina e Caribe possui representação feminina, sendo elas as responsáveis pela produção de 60% a 80% dos alimentos consumidos na região.

Agricultoras familiares que atuam em todo o processo produtivo e que, historicamente, não têm o devido reconhecimento, seja na família, instituições e sociedade em geral.

São as mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares que, na maioria dos casos, tomam a iniciativa e estimulam as suas famílias à transição de produções convencionais para o modelo agroecológico.

Elas são responsáveis por grande parte da produção e são fundamentais para garantir a conservação e manejo da biodiversidade, com destaque para o resgate e multiplicação da diversidade das sementes crioulas e para a produção de alimentos saudáveis, desde os seus quintais produtivos.

Para a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, apesar dos grandes desafios, essa data é muito simbólica por reconhecer o trabalho e as conquistas das mulheres trabalhadoras rurais, resultado de muita luta por mais visibilidade e valorização.

“Nós desempenhamos um importante papel na produção de alimentos saudáveis e agroecológicos, na preservação da biodiversidade e para a segurança alimentar e nutricional. E essa data é muito simbólica por reconhecer o trabalho e as conquistas das mulheres agricultoras familiares. Que nós mulheres do campo, da floresta e das águas continuemos a inspirar gerações, realizar os nossos sonhos, alimentar as nossas lutas e fortalecer os nossos propósitos”, destaca Mazé Morais.