Enchente no Rio Grande do Sul
Organizações sindicais unem esforços para solidarizar-se com a população do Estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta uma das maiores enchentes de sua história.
Amalia Antúnez
10 | 5 | 2024
Foto: Ftia-rs
CONTAC, CNTA, FTIA e Rel UITA se mobilizaram para arrecadar e fazer com que os recursos sejam entregues aos danificados, muitos deles trabalhadores, trabalhadoras e diretores dos sindicatos de base da Federação.
Mais de 400 cidades foram atingidas pela enchente. Já houve aproximadamente 100 mortes e centenas de pessoas continuam desaparecidas, há outra centena de feridos e mais de 220 mil tiveram que ser evacuados. Os números são devastadores e aumentam diariamente.
Nossa filiada, a Federação de Trabalhadores da Alimentação (FTIA-RS), mobilizou-se para levar víveres a seus filiados mais atingidos e abriu um pix para receber doações em dinheiro, que será destinado à compra de implementos e materiais de construção quando o nível da água descer.
Além das casas de muitos operários, vários locais sindicais ficaram completamente destruídos.
“O governo federal enviou uma valiosa ajuda, mas também é muito importante a contribuição de cada uma e de cada um dos trabalhadores e trabalhadoras de nossa região para paliar uma situação que é catastrófica”, indicou Paulo Madeira, presidente da FTIA-RS.
Madeira foi com sua equipe levar pessoalmente provisões e produtos de limpeza e higiene pessoal às localidades mais atingidas. As federações de São Paulo e do Paraná também se uniram ao chamado de solidariedade e os diversos sindicatos estão realizando depósitos em dinheiro.
Outras organizações filiadas à Rel UITA no Brasil também estão se organizando para arrecadar e levar produtos de primeira necessidade e foi feito um apelo a todos aqueles sindicatos filiados da América Latina para enviarem suas doações, por menor que seja.
O rio Guaíba transbordou na sexta-feira passada, após quatro dias de intensa chuva, e o domingo atingiu seu máximo histórico: 5,31 metros, mais de dois metros acima do nível de transbordamento.
Na manhã de 8 de maio, o rio tinha descido uns 15 centímetros, mas continuam alagados numerosos bairros da capital do Estado, Porto Alegre, como também municípios inteiros da região metropolitana, onde moram 4,3 milhões de pessoas.
Os temporais destruíram numerosas infraestruturas, como pontes e estradas, pelo menos 42 rodovias da região continuam com bloqueios totais ou parciais e milhares de pessoas não têm água ou energia elétrica em suas casas.
Segundo a previsão, mesmo parando de chover, o nível do rio somente voltaria ao normal, pelo menos, dentro de um mês.