O esforço é compartilhado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (CNTA), Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de SP (Fetiasp) e a União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (UITA).
Ao lado da garantia de paridade salarial, direitos das gestantes e combate do machismo, a ação sindical tem avançado sobre áreas específicas do direito das mulheres. No Acordo Coletivo com a Coca Cola/FEMSA, que abrange Limeira e região, as trabalhadoras vítimas de violência doméstica e familiar têm direito a um Abono de Falta de 5 dias. O prazo poderá ser estendido se a situação da violência for agravada.
“A vítima ainda terá preferência para ser transferida a qualquer outra unidade da empresa, caso queira e seja necessário preservar sua integridade física. O objetivo é protegê-la de forma completa”, apontou o presidente do Sindicato, Artur Bueno Júnior.
Já o Acordo Coletivo dos trabalhadores e trabalhadoras da Nestlé de Cordeirópolis-SP estabelece a concessão da Licença Parental, no caso do nascimento de filhos.
O direito garante a igualdade de gênero para fins de concessão das licenças maternidade e paternidade às empregadas e aos empregados da Nestlé que tenham filhos.
“Caso os pais ou as mães da criança sejam ambos empregados da Nestlé, caberá a licença maternidade para um (a) ou outro (a), e a licença paternidade para um (a) ou outro (a)”, explicou o presidente do Stial. O Acordo também obriga a concessão de um kit infantil, com alimentos da própria Nestlé.
“Nosso esforço é constante pela incorporação de normas desta natureza, pois as empresas devem se constituir num local de segurança e tranquilidade para a mulher, além de um espaço de promoção da equidade de gênero. Sabemos que ainda é preciso muito mais, e o movimento sindical precisa ampliar iniciativas como esta”, comentou.
O Stial tem parceria com uma equipe de psicólogas, cujo objetivo é dar assistência às vítimas de violência doméstica, violência contra a mulher ou discriminação de gênero.
“O foco é equilibrar e fortalecer o psicológico, sem deixar de encaminhar a defesa de suas demandas”, comentou Artur Bueno Júnior. O Sindicato recebe denúncias de violência ou discriminação e direciona às autoridades.