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Relatório do Sinprolac sobre a situação na Nestlé
Dando um basta nos abusos
O sindicato Simprolac vem alertando a UITA e a FELATRAN sobre como a atitude repressiva e corrupta da administração da empresa na Nicarágua afeta os funcionários. O gerente Juan González e a gerente de produção Alejandra García foram devidamente denunciados, assim como gestores e supervisores.
Marcial Cabrera
04 | 08 | 2022
Foto: SINPROLAC
Não só havia uma atitude hostil em relação aos funcionários, mas também uma notória incapacidade como empresários, colocando a perder milhares de litros de leite, milhares de quilos de queijo, café e outros produtos, afetando seriamente a estabilidade econômica da empresa e, consequentemente, as fontes de trabalho.
Durante todo esse tempo, as negociações realizadas pela Felatran e pela UITA na Nicarágua não deram resultados, de modo que ambas as organizações se viram movidas a chegar até as autoridades do mais alto escalão da transnacional.
Antonio Vitor, secretário-geral da Felatran, abordou esta problemática nos vários e diferentes contatos que teve com a cúpula da empresa em Vevey, na Suíça.
E deu resultado: no dia 8 de julho, Alejandro Moya, gerente geral da Nestlé, se reuniu com Osman Salgado, secretário-geral do Sinprolac. Imediatamente depois, a chefa de produção, o chefe do almoxarifado e seu assistente foram demitidos.
Em 21 de julho houve outra reunião bipartite onde os mais altos escalões da Nestlé desembarcaram na Nicarágua e na América Central.
Representando a transnacional estavam David Mendoza, diretor de operações; Anna Elissa Castillo, diretora de recursos humanos; Alexandre Moya; Gloria Reyes, diretora regional de Supply Chain; Ervin Hernández, chefe de recursos humanos da Nicarágua.
Representando o sindicato estavam Osman Salgado, Marlon Mendoza, Fausto Peña, Oscar Meza e Levy Granados.
Os representantes da transnacional confirmaram a veracidade das denúncias feitas pelo sindicato e comunicaram a decisão de demitir o gerente Juan González.
A empresa prometeu a partir de agora ficar atenta às propostas sindicais e disse que não permitirá mais anomalias por parte dos executivos.
Finalmente, foi apresentado o novo gerente, William Haar, um nicaraguense que ocupou vários cargos de direção na transnacional.
Mais de uma vez os trabalhadores e as trabalhadoras da Nestlé na Nicarágua demonstraram comprometimento e lealdade. O Sindicato, sem deixar de lutar pelos interesses de classe, fez o que lhe correspondia, alertar a empresa sobre as irregularidades na administração.
A UITA e a Felatran esperam que a gestão da transnacional prospere em um ambiente de idoneidade e respeito.