O grupo Ambev vem implementando em suas unidades de produção um programa de premiação chamado PEF – Programa de Excelência Fabril que promove metas de produção para “estimular a competição” entre as unidades e “premiar” os trabalhadores das fábricas com “maior eficiência”.
Um programa perverso, que acontece alheio à vontade dos trabalhadores, como forma arbitrária de alcançar melhores resultados para a empresa.
“O controle do PEF é exclusivamente da empresa e não há transparência nas premiações, nem a participação de representações legais dos trabalhadores no processo, além disso a Ambev pretendia passar o PEF como uma forma de distribuir os lucros e resultados da empresa o que foi rechaçado pelos trabalhadores”, explica Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA.
Nesse sentido o Sindicato da Alimentação de São José dos Campos e Região, que tem a Ambev de Jacareí em sua base levou o assunto para a justiça do Trabalho que reconheceu que o programa de premiação não é participação nos lucros.
A CNTA, em parceria com a CONTAC e a UITA realizaram assembleia informativa nos três turnos da fábrica da AmBev em Jacareí onde foi votado que os trabalhadores só irão assinar acordo se for garantida a presença da representação sindical.
“Vamos lutar para que esta empresa seja transparente na negociação da PLR e do PEF, que são duas coisas bem diferentes, mas de direito dos trabalhadores”, diz Artur.