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Pecuaristas reagem contra abusos das empresas

Produtores locais em ruínas

Na região espanhola da Galícia, os pecuaristas partiram para uma ofensiva contra megaempresas como a Lactalis e a Larsa, exigindo aumentos no preço do leite, visando a evitar mais prejuízos para os produtores locais.
Foto: Rel UITA

O sindicato Unións Agrarias organizou uma manifestação, na quinta-feira 11 de novembro, em frente às fábricas das duas empresas nas localidades de Vilalba (Lactalis) e Outerio de Rei (Larsa). Na terça-feira, dia 16, haverá outra manifestação.

Félix Porto, secretário de coordenação setorial e área externa do sindicato, disse que as duas grandes empresas têm se recusado a levar em conta “o aumento espetacular dos custos para os pecuaristas nos últimos meses”.

“Produzir um litro de leite na Galícia custa agora 2,63 centavos de euros a mais que no ano passado devido ao aumento de 26% nos preços das rações e de 34% nos preços dos combustíveis. Além desses aumentos, no próximo ano serão acrescidos os de plásticos e fertilizantes, superando seu valor em mais de 50 por cento”, alertou a publicação economiadigital.es.

A Lactalis, disse Porto, oferece um aumento "quase ridículo" de um cêntimo de euro por um litro de leite e tenta extorquir os pecuaristas para que assinem acordos que significariam a sua "sentença de morte", segundo informou outro dirigente da Unións Agrarias, o responsável pelo setor de laticínios Óscar Pose.

O que estão gerando essas empresas (Larsa e Lactalis), que controlam o mercado de laticínios na Galícia, é o desaparecimento progressivo de estabelecimentos pecuaristas, pois em um ano passaram de 6.857 para 6.476 segundo dados do Ministério da Agricultura espanhol.