O trabalho braçal que executa exige esforço físico, de sol a sol, numa atividade a céu aberto, sob as mais diferentes adversidades climáticas.
Neste contexto, a Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio Grande do Sul (FETAR-RS) exige respeito, reconhecimento e dignidade aos cerca de 200 mil assalariados rurais, homens e mulheres, que atuam no anonimato e sequer têm o reconhecimento ou valorização de patrões, políticos e governantes, em todas as esferas do poder.
Afinal de contas, é o trabalhador rural quem faz funcionar a engrenagem no campo, uma vez que se o agronegócio e a agricultura vão bem, lá na ponta está o assalariado rural, uma mão de obra imprescindível e fundamental em quaisquer ocasião, mesmo com a inovação tecnológica.
O Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural foi criado pelo Decreto de Lei n.º 4.338, de 1º de maio de 1964. A data foi escolhida em decorrência da morte do deputado federal Fernando Ferrari (1921-1963) no dia 25 de maio. Ele foi um dos principais defensores dos direitos dos trabalhadores rurais, e sua morte acabou se tornando uma data especial para a luta dos profissionais da classe.
Em homenagem a Ferrari, em 1971, foi instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, nomeado como Lei Fernando Ferrari. Essa foi uma grande conquista para o assalariado rural, que ganhou algumas garantias, como assistência médica, aposentadoria por invalidez, pensão para a mulher, entre outros benefícios. Embora sejam direitos primários em comparação com os dias de hoje, na época foi um avanço histórico.
Hoje, a FETAR-RS e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais (CONTAR) lutam pela manutenção de direitos e contrários à flexibilização da legislação trabalhista, o uso excessivo de agrotóxicos, as pulverizações aéreas, o trabalho informal, enfim, inúmeros são os desafios para uma luta contínua.