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25 de maio: Dia do Trabalhador Rural

FETAR exige respeito ao trabalhador rural

A importância do trabalhador rural cresce a cada dia. Em tempos de pandemia, com quase 450 mil mortes no Brasil, ele está na linha de frente, às vezes desprovido de quaisquer proteção, seja em Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) ou mesmo uma simples máscara e álcool em gel para evitar a contaminação pelo coronavírus.
Foto: Organicsnewabrasil

O trabalho braçal que executa exige esforço físico, de sol a sol, numa atividade a céu aberto, sob as mais diferentes adversidades climáticas.

Neste contexto, a Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio Grande do Sul (FETAR-RS) exige respeito, reconhecimento e dignidade aos cerca de 200 mil assalariados rurais, homens e mulheres, que atuam no anonimato e sequer têm o reconhecimento ou valorização de patrões, políticos e governantes, em todas as esferas do poder.

Afinal de contas, é o trabalhador rural quem faz funcionar a engrenagem no campo, uma vez que se o agronegócio e a agricultura vão bem, lá na ponta está o assalariado rural, uma mão de obra imprescindível e fundamental em quaisquer ocasião, mesmo com a inovação tecnológica.

O Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural foi criado pelo Decreto de Lei n.º 4.338, de 1º de maio de 1964. A data foi escolhida em decorrência da morte do deputado federal Fernando Ferrari (1921-1963) no dia 25 de maio. Ele foi um dos principais defensores dos direitos dos trabalhadores rurais, e sua morte acabou se tornando uma data especial para a luta dos profissionais da classe.

Em homenagem a Ferrari, em 1971, foi instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, nomeado como Lei Fernando Ferrari. Essa foi uma grande conquista para o assalariado rural, que ganhou algumas garantias, como assistência médica, aposentadoria por invalidez, pensão para a mulher, entre outros benefícios. Embora sejam direitos primários em comparação com os dias de hoje, na época foi um avanço histórico.

Hoje, a FETAR-RS e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais (CONTAR) lutam pela manutenção de direitos e contrários à flexibilização da legislação trabalhista, o uso excessivo de agrotóxicos, as pulverizações aéreas, o trabalho informal, enfim, inúmeros são os desafios para uma luta contínua.