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Não houve acordo entre o STIAL e Ajinomoto sobre horas de percurso

Terminou sem acordo, a audiência de conciliação requerida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas), a respeito do pagamento das horas de percurso na Ajinomoto de Limeira-SP.
Foto: Stial

A audiência foi realizada de forma virtual, nesta segunda-feira (8), envolvendo a empresa e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (STIAL).

A Ajinomoto manteve a proposta anterior de pagar R$ 10 milhões ao conjunto de 1.912 trabalhadores envolvidos, enquanto o Sindicato requereu o pagamento referente a 20 minutos diários de horas-extras, por trabalhador.

O tempo sugerido é inferior ao apontado pela Justiça como média de percurso, representando um sinal de boa vontade por parte do sindicato, para as negociações.

Em 2019, uma perícia da Justiça do Trabalho de Limeira estabeleceu em 37 minutos, a duração média do trajeto para cada empregado.

“Se a empresa tivesse aceito a proposta do sindicato, levaríamos à apreciação dos trabalhadores”, apontou o dirigente sindical.

Durante a tentativa de conciliação, o sindicato também sugeriu que o cálculo fosse realizado com base no salário médio dos empregados da Ajinomoto, e não mais pelo salário real de cada trabalhador.

Agora, a empresa tem até 12 de junho para apresentar à entidade uma relação, contendo a quantidade de trabalhadores e respectivos períodos - meses - para que o sindicato possa elaborar sua conta. Uma nova audiência de conciliação acontece no dia 18 de junho, de forma virtual como foi a primeira.

Histórico

A Ajinomoto não pagava as horas de percurso aos trabalhadores. Em julho de 2019, a Justiça do Trabalho de Limeira reconheceu ação do sindicato, e determinou que a empresa deve quitar cinco anos destas horas, para os empregados com contrato vigente em 9 de novembro de 2017.

A decisão cita o trajeto à empresa e retorno, como período em que o trabalhador fica “à disposição do empregador”.