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“Após a audiência pública - em que participaram representantes do sindicato, da empresa, e da Secretaria da Saúde do município – determinou-se o fechamento do frigorífico por tempo indeterminado, por considerarem que a empresa não estava cumprindo os protocolos de saúde, tendo se tornado foco de contágio”, relatou Schvarcz.
A procuradora ressaltou que já há 27 trabalhadores da JBS que testaram positivo para COVID-19 e outros 21 segundo o critério epidemiológico. Já houve quatro mortes de parentes de trabalhadores do mesmo frigorífico.
"A situação sanitária exigia o fechamento da planta da JBS porque os casos aumentam dia após dia", disse.
Consultada sobre as condições em que a empresa é clausurada, a procuradora ressaltou que a JBS deve continuar pagando os salários dos trabalhadores e das trabalhadoras.
"Infelizmente, os representantes da empresa não fizeram nenhum tipo de reembolso durante a audiência, então não sabemos como isso continuará, que resolução eles tomarão."
“Administrativamente, podem recorrer da sentença ou podem adequar as condições sanitárias ao protocolo estabelecido e solicitar a reabertura do frigorífico”, disse Schvarcz.
Para a procuradora, não foi um bom sinal que a empresa não se pronunciasse sobre as medidas solicitadas. Entretanto, avaliou como positiva a sentença em si, pois dita um precedente importante que pode ser imitado no resto do país.
O silêncio da JBS dá a pauta de que se é assim que a empresa trata as autoridades do Ministério Público e da Saúde Pública, imaginem como será com os trabalhadores e as trabalhadoras.