“A ideia de realizar este encontro de trabalhadoras da Nestlé surge da Secretaria Regional da UITA, visando a conhecer a jornada diária e as necessidades das companheiras que trabalham na transnacional em todo o país”, comenta Vitor.
Realizar uma radiografia das trabalhadoras permitirá ampliar o alcance das ações que procuram reduzir as desigualdades por questões de gênero, bem como combater a violência e o assédio no local de trabalho.
“O objetivo será criar uma rede nacional de trabalhadoras da Nestlé, começando em São Paulo, para depois chegar a outros estados do Brasil e, futuramente, a toda a América Latina”, informou o dirigente.
Para Vitor, é necessário contar com o protagonismo e a participação efetiva das mulheres nos sindicatos.
"Esta é uma obrigação que temos como movimento sindical. O fato de não haver espaços de empoderamento, participação e desenvolvimento de propostas das mulheres em nossas organizações foi um erro”.
Vitor também observou que, num contexto tão desfavorável como este para a classe trabalhadora brasileira, que tem sofrido diariamente um ataque sistemático aos seus direitos, é necessário construir uma agenda mais ampla e aliar-se a outros movimentos sociais para enfrentar a onda regressiva do governo.
"Além de gerenciar espaços para a participação efetiva de mais mulheres, a Felatran e a Rel UITA promoverão atividades com a comunidade LGBTI.
Há muito a se fazer a este respeito, não apenas com relação à transnacional, mas também aos sindicatos e à própria sociedade”, anunciou.