“A situação de crise na América Latina é preocupante. No Brasil temos um governo que não só é de direita, como é a pior direita. Um governo que castigou os trabalhadores ao desmontar os seus direitos trabalhistas”, disse.
“A Argentina escolheu há uns dias não continuar com o governo que mergulhou o país na situação em que está, um governo que causou o fechamento de tantas fábricas e a demissão em massa em outras. Entretanto, a tarefa do novo governo será árdua, porque o retrocesso social impactou fortemente na classe trabalhadora”, analisou.
Como funcionário da Arcor Brasil há 30 anos, o vice-presidente da Feistar não só se solidarizou com a situação vivida pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras da empresa na Argentina, como também se colocou totalmente à disposição para o que precisarem.
“Podem contar com a gente para rechaçar a falta de responsabilidade social da Arcor perante a crise que estão atravessando”, disse.
“Tudo o que pudermos fazer para ajudar, principalmente à Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação (FTIA), encabeçada por Héctor Morcillo, faremos. Porque, quando nós precisamos dos companheiros argentinos, eles estiveram de nosso lado e realizaram gestões junto à Arcor para destravar um conflito que tivemos aqui no Brasil”.
Araújo destacou também a preocupação do movimento sindical brasileiro perante as declarações do presidente Jair Bolsonaro ao saber da vitória de Alberto Fernández, no domingo, 27 de outubro, na Argentina.
O presidente brasileiro disse que “a Argentina escolheu mal” e não parabenizou Fernández pela sua vitória.
“Espero que se encontre uma solução para esta crise o mais rápido possível e que as declarações do nosso presidente com relação ao novo governo eleito pela Argentina não nos tragam problemas comerciais com o nosso principal parceiro na região”.
Infelizmente, temos um fanfarrão como presidente, mas que fique claro para nossos irmãos argentinos: podem contar com a gente, com a nossa solidariedade de classe e com todo o nosso respeito”, finalizou.