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Os cigarros eletrônicos causarão uma redução massiva nos postos de trabalho

Entre os dias 30 de setembro e 1 de outubro, dirigentes sindicais do setor do tabaco da UITA que representam trabalhadores e trabalhadoras da transnacional Philip Morris International (PMI) se reuniram em Genebra para analisar os impactos da possível reestruturação da produção promovida pela empresa.

Francisco Luiz de Oliveira, representante dos trabalhadores da distribuição da Philip Morris em São Paulo, participou da reunião e conversou com A Rel a esse respeito.

“A situação é preocupante, porque se o que a PM propõe ocorrer, que é começar a produzir cigarros eletrônicos, o impacto na cadeia produtiva será enorme, principalmente nos agricultores que vivem do cultivo do tabaco”, disse Francisco.

“Eu represento os trabalhadores e as trabalhadoras da distribuição, e considero fundamental construir alianças com os operários de fábricas e os cultivadores, que serão muito mais afetados se a Philip Morris passar a produzir cigarros eletrônicos, mais ainda se as outras grandes produtoras de tabaco, como a Britsh American Tobbaco (BAT) e a Universal Leaf seguirem o exemplo”, analisou.

Francisco alertou que as organizações sindicais terão que dar sinais claros de unidade para poderem enfrentar as novas pautas do mercado e a redução de postos de trabalho que ocorrerão.

“A robotização e esta tendência à eliminação do cigarro comum fazem com que o setor do tabaco seja um dos mais afetados em termos de perdas de postos de trabalho. Portanto, as organizações sindicais devem atuar já e com muita ênfase”, finalizou.