As conversas ocorreram nesta segunda (21), durante audiência de mediação requerida pelo sindicato, na sede da 15ª Região do MPT (Ministério Público do Trabalho), em Campinas-SP.
Mesmo alegando ser “inviável a reversão das demissões realizadas”, a empresa se mostrou aberta a medidas que possam amenizar a situação dos trabalhadores.
O sindicato quer a manutenção de todos os benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho, inclusive assistência médica, odontológica e Cartão Alimentação por no mínimo 12 meses, a todos os demitidos. Além disso, uma indenização no valor de 10 vezes o salário de cada trabalhador.
O procurador do Trabalho, Eduardo Luis Amgarten, sugeriu uma cláusula de preferência para os empregados demitidos, numa próxima contratação da empresa. Os representantes da Nestlé se comprometeram a encaminhar os pleitos do sindicato e do procurador, junto à diretoria.
Durante a audiência, o Stial ressaltou a Amgarten, a forma desumana como foram realizadas as demissões.
“Sobretudo levando-se em consideração que nesta época do ano há um aumento de gastos pelos trabalhadores”, apontou o presidente do sindicato, Artur Bueno Júnior.
Ele também destacou que a Nestlé não realizou qualquer comunicação ou negociação prévia, acerca das demissões.
Agora, o Stial aguarda o retorno da empresa sobre as demandas, para comunicar e decidir, em conjunto com os trabalhadores demitidos.