O grupo de trabalhadores demitidos se reuniu na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (Stial).
“Nem o sindicato e nem os trabalhadores foram comunicados previamente das demissões”, apontou o presidente da entidade, Artur Bueno Júnior.
Segundo os demitidos, a ajuda alimentação distribuída pela empresa, e que atualmente consta em Convenção Coletiva de Trabalho, passará de R$ 680,00 para R$ 100,00 aos terceirizados. Sem a proteção da negociação sindical, eles também perderão o adicional noturno que hoje é de 70%, para os 20% previstos na Legislação Trabalhista comum.
“Como estamos sem comunicação com a empresa, ainda não sabemos todos os estragos que a migração de contrato vai provocar nos salários, no caso daqueles que aceitarem a terceirização. É o retrato cruel da Reforma Trabalhista”, emendou Júnior.
A reforma não exige prazo de carência para este tipo de manobra empregatícia, mas o sindicato pretende resistir ao ato, com base na Convenção Coletiva de Trabalho. Nas negociações coletivas do ano passado, a Nestlé já havia tentado “atropelar” os direitos presentes na Convenção, e foi contida pela ação do sindicato.
Em ofício enviado à empresa, o Stial cita a falta de diálogo e cobra articulação que envolva o setor social do município, para administrar o drama das demissões. Pede que sejam revertidas, pois poderiam causar inclusive a instabilidade emocional dos empregados que permanecem na fábrica.