“Infelizmente, apesar do compromisso assumido pelos gerentes da empresa no último encontro com dirigentes de nossa Federação e da UITA, há três anos, hoje nos encontramos na mesma situação”, denunciou.
Conforme explicou De la Fuente, a empresa está tentando enfraquecer os sindicatos, valendo-se para isto de seus gerentes.
“Os gerentes estão falando com os trabalhadores, individualmente, para chegarem a acordos com pequenos grupos, desconsiderando a representação sindical, principalmente no que se refere às últimas negociações sobre recortes de benefícios adquiridos desde 2014”.
O dirigente citou a “jornada excepcional”, disposta pela Direção do Trabalho, que consiste em que, caso a empresa solicitando e havendo prévio acordo com o sindicato, sejam convocados os trabalhadores e as trabalhadoras para trabalharem mais dias por “necessidades de produção”.
Esta jornada foi estipulada pela Nestlé e pelos sindicatos em 2014, e desde então é uma prática habitual. Seu corte acarretará numa redução considerável nos salários dos trabalhadores e das trabalhadoras da empresa
“Por outro lado – diz De la Fuente – a transnacional se vale de diversas artimanhas para que os seus funcionários não se filiem às organizações sindicais, que contam com o apoio majoritário dos trabalhadores e das trabalhadoras”.
“Essas práticas desleais – afirma – estão gerando um ambiente de trabalho péssimo e contrastam claramente com os princípios corporativos da Nestlé”.
Ao considerar a existência dos princípios corporativos, o dirigente se pergunta se esta prática é fruto de uma política da empresa em geral ou só é válida para as fábricas do Chile.
“Já apresentamos as nossas reivindicações para a Felatran e para a UITA, solicitando que sejam encaminhadas à matriz da Nestlé, em Vevey, Suíça”, concluiu.