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Com Marcelino Macías
Negociações trancadas na Nestlé

“Não podemos aceitar o que a empresa nos oferece”

A negociação para aprovar uma nova Convenção Coletiva na Nestlé Panamá começou em outubro de 2017. Cláusulas sociais muito importantes foram aprovadas, porém a negociação se prolongou muito mais do que o normal, devido a não haver acordo sobre o montante salarial. A Rel conversou com Marcelino Macías, secretário geral do Sindicato Industrial dos Trabalhadores de Embalagens, Alimentos e Afins (SITEA) para saber em que etapa da negociação estão.

-O que está acontecendo com a negociação?
-Atualmente, estamos em um pequeno recesso até amanhã, sexta-feira 2 de fevereiro, quando voltaremos a nos reunir, para escutar uma nova oferta.

Começamos a dialogar em outubro do ano passado e avançamos em cláusulas sociais como o bônus escolar, as licenças sindicais e por casamento, entre outras, tudo isto dentro da negociação direta.

Infelizmente, nesta ocasião a negociação se prolongou mais do previsto. Em anos anteriores, no início de janeiro, já tínhamos assinado o convênio.

-Qual é o motivo dessa demora?
-Surgiram uma série de mudanças nos cargos de gerência da empresa no país, e já passamos por dois gerentes diferentes desde que a negociação começou.

Em minha opinião, nenhum deles demonstra ter um real conhecimento do processo no Panamá, como isso atrasou-se mais. Por outro lado, a postura da Nestlé com relação ao aumento salarial é muito rígida.

Estão se valendo de um decreto governamental que estipula um aumento de 6,5 por cento para o salário mínimo nacional. É isso o que estão nos oferecendo, valor muito distante de nossas pretensões.  

-Quais são as suas expectativas para a reunião de sexta?
-Não são as melhores, mas esperaremos que a Nestlé recapacite e se aproxime das reivindicações do SITEA.

Não podemos aceitar esse 6,5 por cento, porque isso significaria um grande retrocesso.