A comissão julgadora definiu os vencedores da edição 2024
do Prêmio.
MJDH
27 | 11 | 2024
Imagem: Allan McDonald
Foram premiados 57 trabalhos, em 10 categorias e um prêmio especial, de um total de 358 trabalhos inscritos (confira a lista completa no site www.direitoshumanosbr.org.br).
O concurso, promovido em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) e com apoio da Regional Latino-americana da UITA, ARFOC e a CAIXA de Assistência dos Advogados, tem o objetivo de estimular o trabalho dos profissionais de jornalismo na denúncia de violações, observância e à defesa dos direitos humanos.
O tema do prêmio neste ano foi a Democracia, em alusão aos 60 anos do golpe militar no país, e as novas ameaças à democracia. O vencedor nesta categoria Prêmio Especial foi o trabalho: Os caminhos da Democracia 1932 – 1977 – A história do movimento estudantil no Brasil, da TV Cultura. O documentário trata do histórico enfrentamento rebelde dos estudantes contra a opressão.
O aumento de temas como violência de gênero e crimes ambientais chamaram atenção entre os trabalhos inscritos neste ano, observou o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB e integrante da comissão julgadora, Roque Reckziegel.
O fundador do MJDH, Jair Krischke, salientou que os quarenta anos de realização do prêmio ajudam a contar a história de avanços e retrocessos dos direitos humanos no país.
“Na primeira edição, 40 anos atrás, a matéria vencedora foi sobre agrotóxicos, e agora um dos premiados foi uma matéria sobre os filhos de agricultores que hoje estão doentes”.
O problema se mantém, observou Krischke. “Por outro lado, antes a gente via que quem mais matava no Brasil era a polícia civil. Hoje quem mata mais é a polícia militar, e mata preferencialmente jovens negros. Antes as vítimas eram desaparecidos políticos, hoje são cidadãos comuns”, diz.
A comissão julgadora se reuniu no dia 20 de novembro. De acordo com Afonso Licks, secretário do MJDH, “o prêmio foca em todos os tipos de direitos humanos para reconhecer o trabalho dos jornalistas”.
Nesta edição, Lidiane Blanco, secretária do júri, diz que além das inscrições de todo o Brasil, o prêmio recebeu trabalhos de países vizinhos como Argentina, Uruguai e também Espanha. “Os jornalistas reconhecem o valor dessa distinção, dizem que é o Oscar do jornalismo”, celebrou, alargando o sorriso persistente de quem acredita no papel do jornalismo para denunciar violações e expandir conquistas no campo dos direitos humanos.
O fotógrafo e representante da ARFOC, Itamar Aguiar, lembra que as premiações não envolvem dinheiro. O primeiro colocado de cada categoria receberá um troféu, enquanto os segundos e terceiros colocados receberão diplomas.
A cerimônia de premiação será realizada em 10 de dezembro, às 19h, na Rua Manoelito de Ornellas, nº 55, em Porto Alegre (OAB/RS Cubo), com transmissão ao vivo pelas redes sociais.
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