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Com Osman Salgado
Terceira rodada salarial na Nestlé Nicarágua

“Pretendem nos dar migalhas”

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores de Prolacsa-Neslté (Sinprolac) informou à Rel que não houve avanço nas negociações salariais com a transnacional suíça.

“Esta é a terceira etapa de negociação da cláusula salarial, prevista em acordo coletivo onde não conseguimos aproximar as propostas. A transnacional suíça nos oferece um aumento ridículo de 2,63%", informa Salgado.

Segundo o dirigente, a subsidiária da Nestlé na Nicarágua está se valendo de várias desculpas para não só atrasar a negociação, como oferecer um aumento irrisório.

"Inicialmente, a desculpa deles era a situação financeira e social do país e agora estão usando a pandemia do coronavírus para pressionar os trabalhadores a aceitarem essas migalhas", disse ele.

Salgado explicou que a comissão negociadora da Prolacsa (Nestlé) oferece um aumento muito abaixo da inflação do período e não atende às reais necessidades dos trabalhadores e das trabalhadoras.

"Estamos falando que a cesta básica do país subiu no último período 700 córdobas (cerca de 20 dólares) e a empresa nos oferece 5 dólares ou 10, dependendo do salário. Algo inaceitável porque não cobre o básico", destaca o dirigente.

O sindicato continua pronto a dialogar, mas agora espera que seja a empresa a que aproximará as propostas.

"Vamos apresentar uma nova proposta com o objetivo de aproximar as pautas e fechar essa negociação. Se não houver acordo, convocaremos a assembleia geral do sindicato para definir quais medidas tomaremos", informou.

Salgado finalizou agradecendo o apoio da Rel UITA e da Felatran.

"Agradecemos o apoio de Marcial Cabrera e de Gerardo Iglesias, ao nosso assessor jurídico Mario Malespin e à Felatran", disse.