em Mato Grosso
Josias, como presidente da Associação “Aspronu”, lutava pela legalização das terras do Projeto Filinto Müller e denunciava as emissões irregulares de títulos definitivos dessa área em nome de fazendeiros e empresários da região.
A partir dessas denúncias, cuja a última foi feita em 5 de agosto, durante reunião com o Ouvidor Agrário Nacional, Gercino José da Silva, Josias passou a ser alvo dos que queriam extrair madeira ilegalmente, de supostos políticos denunciados pelo presidente da associação, da Polícia Militar e do presidente do Instituto de Terras do Mato Grosso (Intermat).
Por várias vezes, nesta última reunião, Josias afirmou a existência de pistoleiros na região e afirmou, ainda, que nunca foram tomadas providências. “Estamos morrendo, somos ameaçados, o Governo do Mato Grosso é conivente, a PM de Guariba protege eles, o Governo Federal é omisso, será que eu vou ter que ser assassinado para que vocês acreditem e tomem providências”, disse Josias.
aumento da violência no campo
Josias, por exemplo, já havia solicitado proteção devido às ameaças recebidas.
Até quando vamos continuar vendo os homens e mulheres do campo perdendo suas vidas por denunciarem irregularidades, agressões e por lutarem por direitos e uma vida melhor? Precisamos por um fim à impunidade no campo!
Exigimos proteção para os companheiros e companheiras que continuam na luta e uma investigação rápida para a punição, tanto dos executores quanto dos mandantes desse crime bárbaro.
Reafirmamos que a solução definitiva dos conflitos pela posse da terra é a realização de uma reforma agrária, ampla e massiva e capaz de democratizar a propriedade da terra e criar bases para a construção da mudança do atual modelo de desenvolvimento que é excludente, predatório, concentrador da terra, da renda e do poder por um modelo sustentável e solidário.