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Em Montevidéu,
Com Marcos Araujo
Depois de sete dias, termina a greve na Arcor Campinas
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Fotos: Carlos Reinaldo Silva
O conflito, iniciado no dia 4 de janeiro passado, foi provocado por uma decisão unilateral da empresa de realizar mudanças nos horários dos diferentes turnos na fábrica de Bagley (Arcor), localizada em Campinas (SP). A Rel dialogou com Marcos Araújo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação daquela cidade (SITAC), para conhecer os detalhes do conflito encerrado em 11 de janeiro.
-Por que vocês iniciaram esta paralisação?
-O que gerou o conflito foi uma mudança nos horários de trabalho que, infelizmente, não dependia apenas do Sindicato, já que a legislação trabalhista brasileira permite à patronal decidir sobre isto.
Mas, o que causou indignação aos trabalhadores foi a empresa ter se negado a negociar esta mudança, querendo simplesmente impô-la.
Diante desta atitude, o Sindicato informou à empresa que não aceitávamos essa imposição e que, se fosse implementada, paralisaríamos. E foi assim que, no dia 4 de janeiro passado, os três turnos da fábrica de biscoitos e pão doce iniciaram uma greve com o propósito de pressionar a Arcor a negociar a medida.
-Muitos trabalhadores aderiram à greve?
-Houve uma ótima adesão, chegamos a 95 por cento dos trabalhadores paralisados durante os sete dias.
-O que vocês conquistaram ao final do conflito?
-Obtivemos uma indenização pela troca de horários que foi muito bem recebida, e um aumento em cem por cento no prêmio por assiduidade e pontualidade.
-Como você avalia todo este processo?
-Foi complicado e extenuante. Se, por um lado, não pudemos evitar a mudança de horários, porque esta tem amparo legal, acredito que, sem dúvida nenhuma, o Sindicato saiu altamente fortalecido e enviamos uma mensagem clara para a patronal: não há crise que nos amedronte e não vamos permitir que nos retirem os direitos adquiridos nem que nos imponham resoluções de forma unilateral.
Acredito que desta vez a Arcor entendeu.
-O que gerou o conflito foi uma mudança nos horários de trabalho que, infelizmente, não dependia apenas do Sindicato, já que a legislação trabalhista brasileira permite à patronal decidir sobre isto.
Mas, o que causou indignação aos trabalhadores foi a empresa ter se negado a negociar esta mudança, querendo simplesmente impô-la.
Diante desta atitude, o Sindicato informou à empresa que não aceitávamos essa imposição e que, se fosse implementada, paralisaríamos. E foi assim que, no dia 4 de janeiro passado, os três turnos da fábrica de biscoitos e pão doce iniciaram uma greve com o propósito de pressionar a Arcor a negociar a medida.
-Muitos trabalhadores aderiram à greve?
-Houve uma ótima adesão, chegamos a 95 por cento dos trabalhadores paralisados durante os sete dias.
-O que vocês conquistaram ao final do conflito?
-Obtivemos uma indenização pela troca de horários que foi muito bem recebida, e um aumento em cem por cento no prêmio por assiduidade e pontualidade.
-Como você avalia todo este processo?
-Foi complicado e extenuante. Se, por um lado, não pudemos evitar a mudança de horários, porque esta tem amparo legal, acredito que, sem dúvida nenhuma, o Sindicato saiu altamente fortalecido e enviamos uma mensagem clara para a patronal: não há crise que nos amedronte e não vamos permitir que nos retirem os direitos adquiridos nem que nos imponham resoluções de forma unilateral.
Acredito que desta vez a Arcor entendeu.
Rel-UITA
13 de janeiro de 2016
Tradução: Luciana Gaffrée