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Nova conjuntura, novas necessidades
En Montevideo,
Brasil
CEL
38ª Reunião do Comité
Executivo Latino-americano
Com Artur Bueno de Camargo
Nova conjuntura, novas necessidades
O CEL reafirmou o seu apoio aos sindicatos brasileiros neste atual contexto de crise
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Foto: Giorgio Trucchi
Nos dias 11 e 12 de outubro, na República Dominicana, foi feita a 38ª Reunião do Comitê Executivo Latino-Americano (CEL) da UITA. Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins (CNTA Afins), conversou com A Rel sobre o encontro e os seus alcances para os sindicatos brasileiros.
“Esta 38ª Reunião do Comitê Executivo Latino-Americano foi de grande valia, porque, entre outras coisas, permitiu-nos expor a difícil situação em que estamos vivendo no Brasil, onde a crise não é só econômica, mas também política, social e sindical”, indicou o dirigente.

O CEL trouxe à tona, discutiu e definiu algumas diretrizes para enfrentar a nova conjuntura do Brasil.

“Vamos trabalhar mais focados em problemas pontuais, como a terceirização, que está agravando a precariedade do trabalho já existente neste país”, destacou Bueno de Camargo.

No início deste ano, o Congresso brasileiro começou a discutir um projeto de lei que estende a terceirização a todos os setores da produção. Esse projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e agora está sendo estudado pelo Senado.

Se for aprovado, representará um golpe letal aos direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora do Brasil.

“Este foi um dos assuntos apresentados por nós ao CEL, para o qual recebemos o apoio e a solidariedade dos sindicatos irmãos”, destacou o sindicalista.

“O Brasil está sendo afetado por altos índices de inflação, desvalorização da moeda e por um crescente aumento do desemprego. Por tudo isto, é necessário criar planos de contingência para esta nova fase.

No setor da alimentação, 100 mil trabalhadores foram demitidos só neste ano, e se espera que o número aumente”, assinalou.

Por outro lado, o dirigente sindical informou que a CNTA está atualmente focada em uma campanha para a saúde e a segurança nos ambientes de trabalho.   

“O lobby empresarial busca suprimir a norma reguladora número 12, sobre segurança no trabalho, nas máquinas e equipamentos. Se eliminada, produzirá efeitos nefastos para os trabalhadores”, alertou.

Uma das grandes preocupações da Confederação é a “atomização, e portanto o enfraquecimento” do movimento sindical brasileiro.

Sem um sindicalismo forte e combativo, os trabalhadores não estarão em condições de defender os seus direitos, concluiu Artur.
 
Rel-UITA
2 de novembro de 2015

Tradução: Luciana Gaffrée

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