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Conflito na Femsa Marília
Em São Paulo,
Brasil
COCA COLA
Com Wilson Vidoto
O STIAM em estado de greve
Conflito na Femsa Marília
A subsidiária mexicana da Coca Cola pretende cortar os benefícios já adquiridos pelos trabalhadores
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Foto: Gerardo Iglesias
Em diálogo com A Rel, Wilson Vidoto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Marília e Região (STIAM) que representa os operários da Femsa, informou sobre os motivos de, na segunda-feira passada, dia 13, os trabalhadores terem declarado estado de greve.
-Qual é a situação da fábrica da Femsa em Marília?
-O que acontece é que, com esta empresa, o Sindicato tem o melhor convênio coletivo do estado de São Paulo, que contempla uma série de benefícios sociais muito importantes.

Agora, a Femsa pretende igualar as condições entre suas outras engarrafadoras, mas quer igualar por baixo, o que não vamos aceitar.

Por outro lado, desde que o Grupo Femsa adquiriu a engarrafadora Spaipa, começou a realizar uma série de demissões que se traduzem por uma redução de pessoal da fábrica e, como consequência disto, uma sobrecarga de tarefas; a qualidade da alimentação proporcionada pela empresa caiu sensivelmente e o preço cobrado ao operário é cada vez mais alto.

Então, o que há é uma precarização das condições de trabalho e os trabalhadores não vão permitir que se degradem ainda mais.

-O que a patronal propõe?
-A Femsa propõe um reajuste salarial que cobre apenas a inflação do período e o mesmo ajuste para os benefícios sociais. O Sindicato não aceita isso.

Queremos também discutir com a empresa certos pontos, como a qualidade de vida, a valorização dos trabalhadores; os tickets alimentação e a cesta natalina; a participação nos lucros, entre outros benefícios sociais que a Femsa quer cortar.

Como não obtivemos resultados positivos, na segunda-feira passada (13), reunidos em assembleia, decidimos declarar estado de greve.

-Quantos trabalhadores a fábrica de Marília emprega?
-Cerca de 500, e há muitos pontos para serem discutidos com relação à saúde e à segurança.

Na fábrica não contamos com uma equipe médica para emergências em caso de acidentes de trabalho.

A empresa quer também impor unilateralmente o sistema de Banco de Horas, com o único objetivo de não pagar as horas extras, entre outras coisas.

-Quais as medidas que vocês tomarão se a empresa não mudar a sua postura?
-Primeiramente, vamos aguardar para ver se antes do final de semana a Femsa dará algum tipo de sinal.

Se ela mantiver sua oferta salarial inicial e insistir em cortar benefícios, começaremos a nos mobilizar.

Rel-UITA
20 de julho de 2015

Tradução: Luciana Gaffrée

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