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“Atiraram para matar”
Em Managua,
Colômbia
DH
Com Medardo Cuesta
“Atiraram para matar”
A violência de sempre e a irresponsabilidade do governo
20150226-Medardo-Cuesta610
Na tarde de 24 de fevereiro passado, Guillermo Rivera e Medardo Cuesta, respectivamente presidente e tesoureiro da Junta Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Agropecuária (Sintainagro), sofreram um atentado que podia ter lhes custado a vida.
Em conversa com A Rel, Medardo Cuesta relatou os amargos momentos que viveram, quando desconhecidos abriram fogo contra o veículo em que estavam.

-Como foi a dinâmica do atentado?
-Na terça-feira passada, estávamos no Departamento do Valle del Cauca para nos reunirmos com as diferentes seccionais que o Sintrainagro tem nesta região açucareira. Lá pelas 4h30 da tarde, quando nos preparávamos para ir ao município de Florida, vimos três pessoas armadas cruzarem a rua, e uma delas parou na frente do nosso carro.

Por sorte, o nosso escolta policial, que dirigia o carro, reagiu rapidamente e acelerou, obrigando esta pessoa a sair da frente para não ser atropelada. Imediatamente, escutamos vários disparos, dois deles atingiram o veículo.

Não lhes importou que fosse de dia, nem que as ruas estivessem cheias de gente, incluindo crianças brincando. Atiraram para matar...

Se não fosse pela rapidez do nosso escolta e pelo carro blindado, talvez não estivéssemos aqui para contar a história...

-Por que só havia um escolta policial numa região de risco como é o Valle del Cauca?
-O Guillermo (Rivera) conta com um carro blindado e com escoltas policiais na região de Urabá, mas ultimamente o governo decidiu, irresponsavelmente, que este esquema de segurança não pode se transladar para outros departamentos.

No meu caso, autorizaram a presença de um só escolta, que, além disso, deve dirigir o carro, o que limita enormemente a sua capacidade de reação em caso de um atentado.

A justificativa é sempre a mesma, não há recursos para arcar com os gastos das escoltas. Já denunciamos este absurdo para o Ministério do Interior e ao Diretor Nacional de Proteção, e estamos exigindo que sejam reestabelecidas as condições de garantia da integridade física e vida dos dirigentes do Sintainagro.

-É difícil trabalhar assim...
-É quase impossível, porque, como diretores nacionais, nos movemos muito por todo o país atendendo as necessidades e as urgências de nossas seccionais. E viajar sem escolta é difícil e muito perigoso.

Voltaremos a exigir do governo que demonstre o seu interesse em garantir a segurança de todos os nossos dirigentes, bem como assegurar o livre desenvolvimento das atividades sindicais, que diariamente estamos desenvolvendo em todo o território nacional.
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Fotos: Gerardo Iglesias
Rel-UITA
3 de março de 2015

Tradução: Luciana Gaffrée
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