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Manter a estratégia unitária, essa é a prioridade
Em Sunchales,
Argentina
3ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
Com Melquíades de Araújo
Manter a estratégia unitária, essa é a prioridade
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O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo (FETIASP) e da Federação Latino-americana de Trabalhadores da Nestlé, Melquíades de Araújo, dialogou com A Rel durante a 3ª Conferência Internacional da Divisão Láctea da UITA ocorrida na Argentina.
-Qual é a sua atual visão sobre a Felatran?
-A Felatran, bem como as outras Federações que estão sendo criadas na América Latina, é fruto de uma grande ideia estratégica de nosso secretário regional, Gerardo Iglesias.
 
Isto nos permitiu unificar mais as nossas reivindicações, discutir em melhores condições os problemas da Nestlé na América Latina.  
 
A princípio, a direção brasileira da Nestlé se negou a reconhecer a Felatran como parte interessada e atuante nas negociações e discussões com os sindicatos, mas hoje não só temos acordos assinados em nome da Felatran – mesmo sendo ainda pequenos, já existem – como também fizemos com que a troca de correspondência fosse oficial, o que implica o reconhecimento da Federação.
 
Esta estratégia organizacional abriu novos espaços e hoje estamos representando a América Latina junto à Secretaria Geral da UITA, em um âmbito de intercâmbio com a Nestlé global, a quem antes não tínhamos acesso.  
 
Antes, apenas podíamos passar um relatório que era apresentado por terceiros, mas agora nos sentamos à mesa de negociações e discutimos todos os assuntos. Isto já é uma mostra da importância que a Felatran está ganhando.
 
-Hoje, qual é o momento da Federação?
-Ela está muito bem, avançando, sendo respeitada e participando das discussões essenciais sobre a companhia na América Latina.
 
Talvez o que nos esteja faltando é uma troca maior de informações entre os sindicatos e as federações nacionais com a Felatran, de maneira que possamos intervir com mais agilidade quando solicitados.
 
Já temos a experiência de fazer pressão sobre a empresa, tanto na América Latina como em todo o mundo, e isto acontece em grande medida graças à Felatran.  
 
Por exemplo, enquanto Felatran pudemos entregar para a direção mundial da Nestlé, em Genebra, o mesmo memorando com as mesmas denúncias que entregamos ao presidente da empresa no Brasil, a partir de informações que recolhemos na última reunião do Comitê Executivo da Federação em São Paulo.
 
Ou seja, acontecimentos que, antes as direções locais da Nestlé ocultavam da direção mundial, agora ficam expostos em decorrência das ações da Felatran. Isto nos permite detectar se estamos diante de uma “invenção local” ou de uma política mundial da Nestlé.
 
-Você sabe se em outras regiões os sindicatos da Nestlé estão organizados em Federações? 
-Acredito que não. Existem blocos como o europeu, o asiático, mas não são especificamente federações.
 
Na Felatran participam todos os sindicatos da Nestlé da região. Acredito que é uma grande ferramenta e uma excelente forma de promover a unidade dos trabalhadores.
 
-Qual é a sua opinião sobre esta 3ª Conferência?
-Héctor Ponce é um batalhador, um grande companheiro que demonstra, com a organização desta Conferência e com a inauguração deste grande Centro Educativo Tecnológico, a força que têm a Atilra e todo o movimento sindical argentino.
 
Também pudemos fazer um balanço das diferenças e coincidências entre as várias unidades e empresas da Nestlé na América Latina.  
 
Acredito que devemos aprofundar o debate, e se por um lado surgirão diferenças, devemos trabalhar sobre tudo aquilo que temos em comum e que nos une.
 
E acredito que justamente essa é a proposta de Héctor e da UITA: buscar a unidade do setor para que a luta seja positiva para os trabalhadores.  
 
Rel-UITA
10 de abril de 2014

Tradução: Luciana Gaffrée

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