Um envenenamento “invisível” e cotidiano
As mentiras dos transgênicos
Foto: Giorgio Trucchi
As empresas transnacionais produtoras de sementes geneticamente modificadas vivem repetindo inverdades sobre os supostos benefícios de seus produtos.
A primeira mentira é proclamar que acabarão com a fome que atinge centenas de milhões de seres humanos.
A soja transgênica não vai acabar com a fome, apesar de suas inúmeras aplicações. A fome que assola o mundo só desaparecerá quando houver uma diferente e maior distribuição das riquezas.
No Paraguai, o crescimento econômico de 15,4%, em termos de macro-economica, fica nas mãos de um pequeno punhado de produtores de soja transgênica.
A pobreza, entretanto, que já atinge quase dois milhões de pessoas, continua crescendo. E isso porque institucionalmente o governo não estimula uma equitativa distribuição com impostos adequados.
A segunda mentira é dizer que a soja transgênica cada vez precisa de menos agrotóxicos, quando na realidade é exatamente o contrário. As pragas criam anticorpos contra os agrotóxicos e depois exigem quantidades cada vez maiores para desaparecer.
A terceira mentira é ainda mais flagrante: a transnacional Monsanto garante que os kits de agrotóxicos associados aos transgênicos não são prejudiciais à saúde.
No simpósio internacional, realizado na Faculdade de Medicina da Universidade Nacional em San Lorenzo, ficou patente que são muito prejudiciais.
No Brasil, na Argentina e no Paraguai, nas localidades rodeadas de culturas de soja transgênica ou submetidas às pulverizações, há uma enormidade de casos de pessoas com leucemia, malformações genéticas, câncer, doenças cutâneas...
Mas ainda existe algo pior: diariamente consumimos frutas, hortaliças, sucos e alimentos em geral que foram submetidos aos agrotóxicos, mas os consumidores não são informados, essa informação fica oculta.
Todos, e sem sabermos, estamos sendo submetidos a um envenenamento invisível.