En Montevideo,
Trabalhadores da Unilever Valinhos votam pela greve
A medida será efetivada se a empresa não fizer a revisão de sua proposta salarial
Devido a um impasse na negociação coletiva, por falta de acordo nas cláusulas salariais, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Campinas (SITAC) convocou os trabalhadores e trabalhadoras da fábrica da Unilever de Valinhos, onde são produzidos sorvetes, para uma assembleia onde ficou decidido votar pela greve se a transnacional não melhorar a sua proposta de aumento salarial para o período de 2013-2014, até a próxima quinta-feira, 11 de julho.
A Rel dialogou com Marcos Araújo, presidente do SITAC, para saber qual a origem do conflito e as perspectivas no curto prazo.
-Por que os trabalhadores votaram pela greve no dia 27 de junho passado?
-O que aconteceu foi que a Unilever apresentou uma última proposta de reajuste salarial que não se ajusta às expectativas dos trabalhadores.
A empresa ofereceu apenas um ponto percentual acima da inflação do período e os trabalhadores não aceitaram isto.
Por outro lado, a empresa ofereceu um aumento substancial na cesta básica, mais de 33 por cento, mas mesmo assim os trabalhadores se negaram a aceitar um aumento real tão irrisório.
Há mais de um mês estamos negociando e a Unilever se nega em dar um aumento real aos seus trabalhadores da produção de sorvetes e, por esta razão, na Assembleia realizada no dia 27 de junho passado com os trabalhadores da fábrica de Valinhos, decidiu-se notificar a transnacional.
Se até o dia 11 deste mês a empresa não apresentar uma proposta melhor, entraremos em greve.
-Após a notificação, a empresa se manifestou de alguma forma?
-A única coisa que sabemos é que apresentará sua nova proposta hoje, quarta-feira 10, nas vésperas da grande mobilização que foi convocada pelo movimento sindical brasileiro para a quinta-feira 11, frente à presente conjuntura político-social que o país atravessa, entretanto não temos mais informações além desta.
-Quais são as suas expectativas?
-É a primeira vez que a companhia mantém a sua proposta salarial de forma tão sigilosa, mas não perdemos a esperança de que seja uma proposta melhor para, assim, chegarmos a um acordo e evitar a greve.
Rel-UITA
10 de julho de 2013