Participaram cerca de 100 sindicalistas de todo o Estado. O foco dos debates, conduzidos pela diretoria da federação, foi na luta pela a manutenção do nível salarial e defesa de melhoria das condições de trabalho.

“É preciso preparar um discurso e uma estratégia para encarar os patrões em tempos de crise, com o desemprego rondando nossas empresas”, apontou o presidente da Fetiasp, Melquíades Araújo.

Artur Bueno de Camargo Júnior, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira (Stial) lembrou que em 2015 o patronal já utilizou bastante a crise para tentar avançar sobre direitos.

“Em algumas negociações, tentaram parcelar o reajuste salarial, a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), e até eliminar a concessão de cestas básicas. Nós nos mantivemos firmes contra isso, e faremos o mesmo em 2016”, apontou ele, ao sair da reunião no Centro de Formação.

FanioLuis Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Piracicaba, lembrou de setores, como o sucroalcooleiro, que mesmo detentor de grande poder econômico apelou para a crise na tentativa de não conceder reajuste salarial.

“Foi uma das negociações mais duras da história em Piracicaba. Em 2016, estamos preparados para outra guerra, e não vamos recuar”, finalizou.

Além da firmeza na defesa dos salários, os sindicalistas foram orientados a agir com criatividade no tocante às cláusulas sociais dos acordos. Além disso, manter forte o departamento jurídico da entidade.

Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA) e diretor da Fetiasp, Artur Bueno de Camargo anunciou um encontro que a federação pretende realizar para debater as condições de segurança e saúde do trabalhador da categoria no Estado.

“Em tempos de crise, ele fica ainda mais vulnerável a um acidente, por exemplo. Queremos fortalecer o trabalho dos cipeiros”, apontou.