Graças à mobilização junto ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (Stial), a Nestlé passará a fornecer transporte fretado para a unidade, a partir de pontos estabelecidos nos municípios onde residem os trabalhadores.

O serviço começa em novembro, e terá custo bem menor que o valor dispendido atualmente pelos empregados. Grande parte depende hoje de ônibus do transporte intermunicipal, sendo que muitos utilizam o próprio veículo, com altos gastos referentes a combustível, pedágio e desgaste – o custo estimado neste caso é de R$ 700 por mês.

“Os trabalhadores também reclamavam muito do perigo de atravessar a rodovia (Anhanguera) para tomar o ônibus. Pior que isto, eram as mulheres do terceiro turno aguardando a condução no ponto, em plena madrugada”, comentou o vice-presidente do Sindicato, Joselito Inácio. Uma trabalhadora afirmou ter sido assaltada, aguardando o ônibus.

O novo benefício foi divulgado aos trabalhadores, em assembleias realizadas pelo Sindicato com participação da empresa nesta terça (4). A partir de agora, haverá pontos de embarque e desembarque em Limeira, Cordeirópolis, Araras, Santa Gertrudes e Rio Claro.

“Gratificante foi receber o agradecimento dos trabalhadores, que tanto reclamavam da falta de um transporte próprio da empresa, mas sempre confiaram no trabalho do sindicato”, afirmou o diretor do Stial e empregado da Nestlé, Carlos Lemos.

As adesões ao transporte pelos trabalhadores serão anuais, para não prejudicar o planejamento das rotas – excetuando-se este ano, quando a adesão realizada em outubro se estenderá até dezembro de 2022. Para aderir, os trabalhadores precisam assinar um termo nesta sexta-feira (7). Haverá desconto de até 6% nos salários, conforme prevê a legislação.

“Parabenizamos os trabalhadores, por seguirem firmes com o Sindicato na luta por este benefício. A partir de agora, o trabalho será para melhorar ainda mais estas condições, nas negociações”, pontuou o presidente do Stial, Artur Bueno Júnior.

A conquista teve apoio incansável da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA) e da Federação Latino-americana dos Trabalhadores da Nestlé (Felatran), além da Regional Latino-americana da UITA (União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação).

“O transporte para os trabalhadores desta unidade já havia sido debatido durante o encontro internacional do Grupo Nestlé, na cidade de Vevey, na Suiça”, lembrou Antonio Vitor, presidente da Felatran.