Diante da indiferença da empresa, o Sindicato solicitou ao Ministérioda Economia uma inspeção de trabalho, que finalmente ocorreu na sexta-feira, 16 de outubro.
José Batista e Geraldo do Nascimento, respectivamente presidente e secretário de Finanças do SINTAC, acompanharam o auditor fiscal designado, e quando pretendiam entrar na área de produção da empresa, foram expulsos sem mediar explicação.
Conforme relatam, ao detectar problemas nas catracas de acesso à empresa e aos vestuários, se dirigiam à área de elaboração quando um representante da Lactalis avisou a eles que por ordens superiores devia retirá-los da fábrica.
Ambos dirigentes, que também são funcionários da Lactalis, afirmaram que desde que a transnacional francesa adquiriu o setor lácteo da BRF no Brasil, tem se mostrado completamente intransigente e que prefere entrar em confrontos com o sindicato em lugar de dialogar.
Este não é o primeiro conflito que o sindicato precisa enfrentar devido às péssimas condições de saúde e de trabalho de seus representados.
Tempos atrás, a empresa pretendera eliminar o plano de saúde dos trabalhadores, fazendo-se necessário encaminhar o assunto à justiça.
Por outro lado, desde 2019 o sindicato não conseguiu negociar um novo acordo coletivo, uma situação já denunciada e que mantém o sindicato em alerta.
“A atitude da Lactalis perante esta pandemia é deplorável”, afirmam Batista e Do Nascimento.