Com Diego Lauer
Greve encerrada na Aurora Erechim
Luego de seis días de paro e intensas movilizaciones, el Sindicato de Trabajadores de la Alimentación de Erechim (Sindialimentación) alcanzó un acuerdo el pasado sábado 5.
Amalia Antúnez
7 | 8 | 2023
Foto: Sindialimentaçao
A greve contou com o decidido apoio da Federação da Indústria de Alimentação do Rio Grande do Sul (FTIA-RS) e de vários sindicatos que se deslocaram até a cidade de Erechim para colaborar com a luta.
A medida teve um impacto enorme, com alta adesão e repercussão nacional e internacionalmente. Vários meios de comunicação e portais acompanharam a greve. A Central Única dos Trabalhadores (CUT Nacional) também se uniu, assim como a Contac, a FTIA-RS e a Rel UITA.
"Em termos econômicos, foi um acordo muito bom. A greve nos permitiu avançar uns seis anos no acordo coletivo", afirmou Diego Lauer, presidente do Sindialimentação Erechim, em entrevista à Rel.
Também ficou definido que o benefício do ticket alimentação fará parte do convênio coletivo e que os descontos serão aplicados apenas nos dias em que o trabalhador ou trabalhadora faltar sem justificativa.
"Isso foi muito importante, porque antes a empresa descontava daqueles que faltavam por licença médica, pagando o benefício por fora do convênio. Com essa negociação, conseguimos incluir metade do valor do ticket alimentação e também controlar o assunto dos descontos, que eram totalmente arbitrários", destacou Lauer.
No que diz respeito à questão salarial, foi alcançado um reajuste de 4% e um bônus total por acordo coletivo no valor de 900 reais (cerca de 185 dólares). Também houve avanços em cláusulas sociais, como auxílio escolar e auxílio creche, além de garantir aos grevistas a estabilidade no emprego.
"Para uma gigante do setor como a Cooperativa Aurora, que raramente cede, chegar a este acordo representa uma grande conquista para o movimento sindical organizado", enfatizou.
Sobre a reivindicação de redução da jornada de trabalho semanal, Lauer explicou que não conseguiram atingir seu objetivo nesse ponto, mas deixaram aberta a possibilidade de negociar no futuro.
"Infelizmente, não conseguimos fazer com que a empresa Aurora cedesse nesse ponto, mas sim abrimos um canal que dê num futuro a possibilidade de redução da jornada. A luta continua", finalizou Lauer.