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Nessa quinta, a empresa apresentou como novidade apenas o pagamento de uma só vez de um abono no valor de R$ 225,00, que na proposta anterior era pago em 9 parcelas, mantendo o reajuste de 5% de reposição salarial, aumento de R$ 20,00 no vale-alimentação e mais R$ 25,00 de bônus no vale-alimentação entre janeiro e outubro de 2016. Os representantes da categoria profissional classificam como «péssima» e «muito ruim» a proposta da empresa e afirmam que a decisão de greve é dos trabalhadores.
Como forma de pressionar a multinacional, a regional latino-americana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (UITA) protocolou nessa quinta (14/01), ofício à BRF de Lucas do Rio Verde (MT) reforçando o pedido de aplicação integral da inflação nas negociações coletivas daquela região.
Em dezembro, a UITA internacional também havia oficiado a empresa repudiando as dificuldades nas negociações. No Brasil, o movimento conta com a participação e a coordenação da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas de Carnes e Derivados da Alimentação e Afins de Lucas do Rio Verde (Sintralve), a categoria reivindica, entre outros pontos, a reposição imediata da inflação e o aumento real do salário (cerca de 13% o total).
Os trabalhadores da BRF (empresa que emprega mais de 96 mil funcionários em 35 unidades industriais no Brasil, além de nove fábricas no exterior) também denunciam más condições de trabalho e o descumprimento da Norma Regulamentadora nº 36 do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata de novas regras de saúde e segurança em frigoríficos (em vigor desde 2013).