“Refrescos Bandeirantes”, em Trindade, Goiás
Com Marcelo Nascimento
Trabalhadores da Coca Cola mobilizados
“Refrescos Bandeirantes”, em Trindade, Goiás
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Foto: SINDBEBIDAS
No dia 25 de março passado, os trabalhadores bloquearam a entrada da fábrica da Coca Cola “Refrescos Bandeirantes”, em Trindade, Goiás, para exigir da empresa a equiparação dos salários nessa fábrica.
Em diálogo com A Rel, Marcelo Nascimento, presidente do SindBebidas – Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (SINDBEBIDAS), afirmou que há mais de um ano vêm negociando com a companhia sem conseguir qualquer tipo de progresso.
“A situação se tornou insustentável e foi por isso que, no dia 25 de março passado, realizamos uma grande assembleia em frente à fábrica, paralisando as atividades durante quatro horas, para discutir a pauta de reivindicações que apresentaremos para a direção, nesta semana”, acrescentou.
De acordo com Marcelo, existe uma grande lacuna salarial, não só entre os executivos da Coca Cola e os trabalhadores da produção, mas também entre os próprios operários da companhia das filiais da empresa, em diferentes localidades, e igualmente em relação ao conjunto do setor de bebidas em geral no próprio estado de Goiás.
“O Sindicato está reivindicando uma equiparação salarial para os trabalhadores da fábrica de Trindade e um aumento de 10 por cento, além de incluir algumas cláusulas sociais, entre elas o auxílio maternidade, devido ao grande número de mulheres que trabalham nesta fábrica, além de uma participação nos lucros e resultados”, destacou o dirigente.
A engarrafadora da Coca Cola de Trindade emprega cerca de 2.500 trabalhadores, sendo que 95 por cento são permanentes e os restantes 5 por cento terceirizados. A fábrica possui capacidade de produção de mais de 1 milhão de hectolitros por ano.
“Apesar de ser uma das maiores empresas da área metropolitana de Goiânia, a Refrescos Bandeirantes trata os seus trabalhadores como se fossem escravos, pagando altos salários aos seus executivos, enquanto que os trabalhadores que produzem a mercadoria para mantê-la a líder do mercado recebem salários de fome.”, denunciou Marcelo.
“Continuaremos mobilizados até que a empresa concorde em se reunir com o Sindicato e discuta a pauta de reivindicações, o que será feito no decorrer desta semana”, finalizou.
Foto: SINDBEBIDAS