SINDICATOS

Trabalhadores da Coca-Cola em pé de guerra

Os trabalhadores da fábrica rechaçam a política aplicada pela empresa por ser uma clara discriminação.

Com José Airton de Oliveira
Trabalhadores da Coca-Cola em pé de guerra
Sorocaba se encontra a 100 km da cidade de São Paulo. É um centro industrial importante que conta com uma população de 600 mil habitantes. Ali está situada a fábrica da Coca-Cola do Grupo Biagi, que também possui outra unidade em Minas Gerais. A Rel dialogou com José Airton Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação, para saber o que está acontecendo na fábrica da referida cidade.
“Na fábrica há dois sindicatos: o nosso e o outro, que representa os trabalhadores do setor Distribuição. O que acontece –comenta Airton– é que o Sindicato do transporte negociou em maio e conseguiu um aumento salarial de 12,21 por cento. Nós estamos negociando agora e a proposta da empresa não passa dos 8,5 por cento.
-Qual é a posição do Sindicato?
-Vamos lutar para conquistar, pelo menos, uma porcentagem igual à do setor Distribuição.
-E os trabalhadores?
-Bom, eles nos questionam diariamente para saber como vão as negociações e demonstram que estão dispostos a apoiar as ações que forem necessárias para que a Coca-Cola melhore a sua proposta inicial.  
Os trabalhadores da fábrica rechaçam a política aplicada pela empresa por ser uma clara discriminação, já que todos são operários do mesmo Grupo.
-Quais são os passos a seguir?
-Hoje manteremos uma reunião com a empresa; aguardamos uma nova proposta que satisfaça as aspirações dos trabalhadores. Se não se chegar a este acordo o Sindicato paralisará a fábrica.
Por último, quero pedir à Rel-UITA que compartilhe esta situação com os dirigentes da Federação Latino-Americana de Trabalhadores da Coca-Cola (FELATRAC), pois consideramos fundamental o seu apoio.

 

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Foto: Gerardo Iglesias.