SINDICATOS

Continua o conflito no setor HRCT en Curitiba

Empresários obtêm medida cautelar proibindo aos grevistas manifestações ruidosas

Con Moacyr Roberto Tesch
Continua o conflito no setor HRCT en Curitiba

Empresários obtêm medida cautelar proibindo aos grevistas manifestações ruidosas

Em greve há 5 dias, trabalhadores dos setores hoteleiro e gastronômico de Curitiba continuam firmes em suas reivindicações por melhorias salariais.
Em diálogo com A Rel, Moacyr Roberto Tesch, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH) informou:
 
“Neste momento continuamos trabalhando diariamente com mobilizações nas diferentes áreas, um dia hotéis, outro dia restaurantes, albergues e motéis, pois a nossa confederação é bastante eclética”, explicou.
 
“Até o momento não recebemos nenhuma proposta séria vinda dos empresários que, por outro lado, entraram com uma ação judicial que proíbe os grevistas de realizar manifestações ruidosas ao redor das empresas em conflito”.
 
A medida afeta bastante as formas de denúncia e as medidas de luta que os trabalhadores, desde o início da greve, dia 30 de novembro passado, vêm fazendo, o que inclui carros de som denunciando a intransigência da patronal e sua negativa em negociar.
 
Para Moacyr, diante desta medida judicial, a CONTRATUH recorreu e, no momento, a situação de conflito é divulgada através de panfletos entregues às pessoas nos locais próximos aos centros em conflito.
 
“Para chamar a atenção dos transeuntes, os trabalhadores e as trabalhadoras em greve colocaram mordaças em suas bocas para simbolizar a situação pela qual estão passando.  
 
Fomos amordaçados, estão nos negando o legítimo direito de protestar por melhores condições de trabalho, mas não conseguirão nos calar”, manifestou Moacyr.
 
Esta tarde a CONTRATUH se reunirá no Ministério Público de Trabalho, que citou ambas as partes para uma audiência de conciliação.
 
“A postura da Confederação, como a de seus sindicatos filiados, é o diálogo, chegar a um acordo consensual.
 
Lamentavelmente a patronal está oferecendo um aumento irrisório que nem sequer chega ao piso salarial do setor no estado, portanto temos uma dura batalha pela frente”, enfatizou o dirigente.
 
No Paraná o piso salarial do setor hoteleiro-gastronômico é de 915 reais e os empresários de Curitiba oferecem 880 reais como salário base.
   
moacyr 20131204-610b
Foto: Gerardo Iglesias