
No Brasil o tráfico de seres humanos se encontra como a terceira maior fonte de renda gerada pelo tráfico. Perdendo somente para o tráfico de armas e drogas.
Segundo a OIT, no mundo cerca de 1 milhão de pessoas são traficadas por ano e as denúncias são maiores a cada ano.
O assunto foi um dos temas do 10º Encontro Nacional da Mulher da Alimentação, abordado ela coordenadora do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (CHAME), Jaqueline Leite.
«Existe uma grande violação de direitos nessa atividade e muitas mulheres traficadas são seres invisíveis para a sociedade, mas estamos desenvolvendo um projeto chamado Construindo Pontes de Luta contra a Exploração Sexual Comercial e Tráfico de Crianças e Adolescentes com o apoio de organizações de países latino-americanos como a Bolívia, Colômbia, Peru e Paraguai, que busca mostrar esse problema social à comunidade», informa.
Uma das atividades do projeto é formar jovens multiplicadores através de instituições que desenvolvem programas de promoção da cidadania.
«Criamos um ciclo de seis oficinas onde foram tratados assuntos de direitos humanos, exploração sexual, gênero e tráfico de pessoas. Concluímos o ciclo com um seminário em Salvador (BA), onde construímos estratégias e políticas de prevenção e defesa à exploração sexual e tráfico de pessoas que estaremos em breve levando as reivindicações aos poderes competentes», conta Jaqueline.
No Brasil faltam políticas públicas que coíbam a prática deste crime e entidades engajadas nessa luta como a CHAME por exemplo, estão buscando fundamentações para então sanar essa carência de proteção pública de direitos.
