Com Moacyr Tesch
para o setor turístico
Os congressistas debateram sobre os assuntos que estão na agenda permanente da CONTRATUH, como a terceirização e seus efeitos negativos para a organização sindical e para os direitos trabalhistas propriamente ditos; a regulamentação dos cassinos; a inclusão da gorjeta no salário e a perspectiva futura do movimento sindical brasileiro em tempos de crise.
“Dentro do próprio Congresso, foi feito o encontro de jovens da CONTRATUH e das diferentes categorias que formam o setor de turismo e serviços, marcando a importância que os novos quadros sindicais têm para a Confederação”, comentou o dirigente.
O presidente do Grupo Profissional HRCT da UITA, Norberto Latorre, e Patricia Mantovano, da União dos Trabalhadores Hoteleiros e Gastronômicos da República Argentina (UTHGRA), tiveram uma destacada participação no Congresso.
Para Moacyr, o companheirismo e a solidariedade internacional manifestada pela Rel-UITA, bem como a presença de Norberto e de Patrícia, demonstram e reafirmam a importância da Confederação.
“O trabalho conjunto que viemos realizando, em prol dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do setor, é muito valioso e tem uma clara projeção internacional”.
O dirigente lembrou também que a UITA tem trabalhado conjuntamente a questão da exploração do trabalho no McDonald´s e, mais recentemente, a Confederação se incorporou à Campanha Internacional pela Dignificação do Trabalho das Camareiras.
“Viemos denunciando as condições insalubres, o trabalho repetitivo e desgastante, os assédios sexual e moral sofridos pelas camareiras. Por isso, nós nos unimos à campanha que pretende criar um marco regulatório junto à OIT, para melhorar as condições de trabalho desta coletividade, que tem sido constantemente esquecida”, manifestou Moacyr.
Outro dos pontos importantes tratados no IX Congresso foi o futuro do movimento sindical brasileiro, atomizado em várias centrais.
“É necessário retomar as ações sindicais desde as bases para aprofundar as lutas que garantam a permanência dos direitos adquiridos pela classe trabalhadora, mas que também seja um movimento mais ativo que incida e mude a realidade”, ressaltou.
O Brasil conta hoje com um parlamento “formado em sua maioria por empresários e latifundiários. Não será uma luta fácil na defesa dos direitos trabalhistas, mas sem dúvida é uma luta que teremos que travar”, finalizou.
Tradução: Luciana Gaffrée