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Lutar contra o trabalho semiescravo
Em São Paulo,
Argentina
HOTÉIS
Com Antonio Luiz de Souza, “Jandaia”
Lutar contra o trabalho semiescravo
O ritmo infernal das camareiras
20141017 jandaia-610
Diretor executivo de assuntos sindicais da Federação dos Trabalhadores Hoteleiros do Estado de São Paulo (FETHROTEL), Jandaia conversou com A Rel sobre os principais problemas enfrentados pelo setor.
-Quais são os pontos nos quais a FETRHOTEL colocou toda a sua atenção?
-Nos salários baixíssimos, em uma patronal bastante mesquinha e na existência de uma mão-de-obra pouco qualificada.
 
Os setores hoteleiro e gastronômico estão em pleno emprego e possuem uma alta rotatividade de trabalhadores, porque a oferta de trabalho é variada. O mesmo acontece com os salários, que variam muito de um estabelecimento para o outro.
 
O piso salarial é de 1.200 reais, mas são poucos os trabalhadores e as trabalhadoras que ganham isso. Em geral, ganham o dobro ou mais devido aos bônus e à porcentagem fixa que recebem de gorjeta. No setor gastronômico os salários são melhores.
 
-Sabe-se que as camareiras, em várias partes do mundo, são obrigadas a fazer mais de 20 quartos por dia. E como é no caso do Brasil?
-No Brasil acontece a mesma coisa, mas o Sindicato ataca a questão diretamente. Cada vez em que somos notificados de que determinado hotel está obrigando suas camareiras a fazer 20 quartos ou mais por dia, o que é considerado totalmente insalubre, imediatamente o Sindicato entra com as medidas apropriadas junto à administração do hotel e, em todos os casos, conseguimos baixar esse ritmo infernal, melhorando a qualidade de vida das funcionárias.
 
-Em muitos casos, as camareiras não são funcionárias diretas dos hotéis, fazendo parte de cooperativas que terceirizam o serviço.
-Sim, mas nós não as aceitamos. O Sindicato dos Trabalhadores Hoteleiros de São Paulo (Sinthoresp), o maior sindicato da Federação, com perto de 350 mil trabalhadores filiados, desenvolveu uma resistência particular a estas cooperativas, consideradas um reduto do trabalho escravo e uma modalidade de contratação que combatemos energicamente.
 
-Como você avalia o intercâmbio que estão fazendo com a União dos Trabalhadores Hoteleiros e Gastronômicos da República Argentina (UTHGRA)?
-Como uma coisa muito positiva. Participamos de atividades que ampliaram nosso horizonte e nossas perspectivas, e ainda temos muito que aprender com a experiência e solidez sindical da UTHGRA
 
Rel-UITA
20 de octubro de 2014

Foto: Gerardo Iglesias

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