20140113 sindicatos

    • Versión Español

Thu25072024

actualizado al04:35:02 PM GMT

Back sindicatos Decameron Hotels: um All Inclusive onde organizar-se é um delito
Decameron Hotels: um All Inclusive onde organizar-se é um de...
Em Manágua,
El Salvador
HRCT
Decameron Hotels: um All Inclusive onde organizar-se é um delito
Caça às bruxas e fobia antissindical marcam as ações repressivas da cadeia de hotéis colombiana

No dia 6 de setembro passado, Patricia Monterrosa, recepcionista do Hotel Royal Decameron Salinitas, pertencente à cadeia de hotéis colombiana Decameron All Inclusive Hotels & Resorts, foi “acompanhada” até uma pequena sala, rodeada por funcionários do hotel que tentaram convencê-la a apresentar sua renúncia e, sem mais nem menos, foi despedida.

Apesar do informado por membros da direção do hotel, o único e verdadeiro delito de Patrícia foi haver acreditado que, em pleno século XXI, já não existe “caça às bruxas” contra o legítimo direito dos/as trabalhadores/as (de se organizarem sindicalmente.
 
Junto com outros trabalhadores e trabalhadoras de três hotéis - Hotel Royal Decameron Salinitas, Hotel Las Veraneras Resort, Hotel e Casino Siesta- e com o apoio do Centro de Estudos e Apoio Laboral (CEAL), Patrícia havia decidido organizar-se e formar o Sindicato de Trabalhadores na Indústria Gastronômica, Restaurantes, Hotéis, e Afines ao Turismo (SITIGHRA).
 
Seu objetivo era muito simples: pedir que se respeitasse a legislação trabalhista nacional com relação ao pagamento de horas extras, por um tratamento humano e não degradante para os trabalhadores e trabalhadoras, e a garantia dos direitos mínimos previstos nos convênios internacionais ratificados por El Salvador.
 
Entretanto, conforme relata Patrícia em uma longa entrevista concedida a A Rel, e que logo será publicada internacionalmente, apenas o fato de pronunciar a palavra “organizar” já desencadeou na direção do Hotel Decameron uma espécie de fobia antissindical, que se converteu em um assédio moral, perseguição e repressão psicológica e, finalmente, na demissão dos “revoltosos”.
 
A pretensão de Patrícia de organizar um sindicato no hotel foi tachada, pela chefia administrativa na Colômbia, como “um golpe na jugular da empresa”.
 
Patrícia foi isolada, controlada, pressionada, atemorizada só por ser secretária da junta diretora provisória do SITIGHRA. Na cadeia hoteleira Decameron, então, organizar-se é um delito que merece a pior punição.
 
Decameron All Inclusive Hotels & Resorts já tem projetada a construção de dois novos hotéis em El Salvador e acaba de ampliar o Hotel Royal Decameron Salinitas, onde trabalhava Patrícia, principalmente para satisfazer a crescente demanda do mercado canadense, alemão e francês.
 
Será que toda esta gente, que viaja de tão longe para disfrutar das lindas praias salvadorenhas e do all inclusive do Hotel Royal Decameron Salinitas, conhece o que se esconde por trás desta “fantástica experiência de férias com tudo incluído, e com um sabor puramente maia”?
 
Chegou o momento de ajudá-los a abrir os olhos, a tomarem consciência, e a atuarem com consequência.  
    
decameron 20131011-610b
Foto: CEAL (Archivo - 7 de septiembre de 2013)
 
Rel-UITA
15 de outubro de 2013
Share |