As camareiras estão muito mais expostas do que as outras categorias às lesões osteomusculares que afetam a zona lombar, os tendões, os músculos, nervos e articulações dos membros superiores e pescoço, o que pode provocar tanto uma sintomatologia crônica como quadros agudos.

As novas formas de organização do trabalho e o abandono por parte dos governos dos controles imprescindíveis provocaram um aumento generalizado no surgimento dessas doenças, especialmente no setor hoteleiro.

Se por um lado, em alguns países as trabalhadoras doentes podem vir a receber uma indenização econômica por sua lesão, já não é possível reparar o dano causado, e isto é o que pretendemos evitar com esta campanha de prevenção; queremos advertir aos empresários sobre o problema, que não é só da camareira, mas também da empresa.

O setor HRCT está organizando uma grande campanha dirigida a várias empresas nacionais e transnacionais. Previamente, realizamos um estudo em diversos países, obtendo informações diretas sobre o que está acontecendo em vários hotéis com relação a este assunto.

Estes insumos nos permitiram definir que não só é necessário regulamentar a quantidade de quartos que uma camareira deve limpar durante a sua jornada, mas também, e principalmente, a quantidade de metros quadrados dos quais ela deve se encarregar por dia.

 

Em novembro de 2012, durante a reunião anual do Comitê Diretor Mundial do Grupo Profissional HRCT da UITA, realizada em Chipre, foram aprovadas as medidas preventivas que deveriam ser aplicadas nas empresas: capacitação, equipamentos de proteção individual, instrumentos adequados e eficientes de trabalho e uma organização do trabalho apropriada.

Naquela reunião de 2012 também foram definidos e aprovados os padrões de produtividade diária em metros quadrados, de acordo com a categoria do hotel e os tipos de superfícies a se limpar.

Na Argentina nos reunimos com os representantes dos grandes hotéis e houve uma resposta bastante positiva, já que lhes pareceu interessante o cálculo por metro quadrado.