“Não é a primeira vez que acontecem acidentes deste tipo nesta empresa, há apenas um mês do mais recente, mas este é sem dúvidas o maior”, disse Ruiz.

Inclusive o procurador do Trabalho, que esteve na fábrica na terça-feira, inspecionando o lugar do acidente, foi afetado pelo vazamento e teve que ser atendido.

Mais de 50 pessoas inalaram o gás, utilizado nas cadeias de refrigeração desta indústria, entre eles há dois em estado grave, e pelo menos três estão com queimaduras nos olhos.

“A empresa está analisando as causas do acidente, produzido pela ruptura de um cano, mas o que é evidente é que a engenharia de segurança da empresa deve ser revista”.

“Desde muito tempo que o Sindicato e a Contac vêm advertindo que os procedimentos de segurança na indústria frigorífica em geral, e nesta unidade em particular, devem ser atualizados.

“Estão sendo utilizados procedimentos de 40 anos atrás. Devemos melhorá-los muito”, disse o médico, que no momento da conversa com A Rel se preparava para examinar trabalhadores atingidos por um novo vazamento, ocorrido hoje pela manhã.

“O frigorífico pressionou para que os trabalhadores retornassem ao trabalho no turno matutino e vários precisaram ser encaminhados a postos de saúde perto da fábrica”, informou a Contac.