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Frigoríficos Não houve acordo com a JBS e os trabalhadores entrarão em greve
Frigoríficos Não houve acordo com a JBS e os trabalhadores entrarão em greve
Em Montevidéu,
Com Célio Elias
Não houve acordo com a JBS
e os trabalhadores entrarão em greve
e os trabalhadores entrarão em greve
Foto: Gerardo Iglesias
Desde outubro passado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Carne de Criciúma e Região (SINTIACR) vem negociando coletivamente condições de trabalho com a JBS. A empresa lhes propôs um aumento ridículo e se posicionou de forma inflexível. Pior ainda: querem eliminar alguns benefícios históricos. Os quase 5 mil trabalhadores das fábricas do estado de Santa Catarina começarão no domingo uma greve por tempo indeterminado.
Em diálogo com A Rel, Célio Elias, presidente do SINTIACR, disse que não há acordo com a transnacional de carnes em termos salariais, pois a empresa oferece um reajuste de 8 pontos percentuais, o que representa apenas 1,45 por cento de aumento real.
Por outro lado, pretende aumentar fortemente a taxa que os trabalhadores pagam para ter direito, juntamente com suas famílias, aos serviços de saúde, acabando com uma conquista que data de 1995.
“Os trabalhadores dos três frigoríficos do Grupo JBS em Santa Catarina, Forquilhinha, Nova Veneza e Morro Grande, com efetivo próximo a 5 mil operários, definiram a paralisação das atividades”, explicou.
A JBS é a líder mundial no processamento de proteína animal, conta com mais de 200 mil funcionários, distribuídos em 340 unidades de produção em 150 países, operando nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e produtos de limpeza.
“A empresa obteve um lucro líquido recorde de 430 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, uma cifra cinco vezes superior à registrada no mesmo período de 2013, e foi uma das que mais dinheiro doou para a campanha eleitoral deste ano.
É muito injusto que, na hora de negociar salários, pretendam oferecer um aumento miserável com o único argumento de aumentar seus lucros”, destacou Célio.
“Se não houver mudanças na proposta da patronal, a greve começará a partir da zero hora do próximo domingo”, advertiu.
Rel-UITA
16 de dezembro de 2014
Tradução: Luciana Gaffrée
Publicado por: Wilson