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Em Montevidéu,
Com Jenir Ponciano de Paula
Acendendo o carvão do churrasco
Começam as negociações coletivas no setor das carnes
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Foto: Gerardo Iglesias
Trabalhadores do setor frigorífico de Chapecó e Região se preparam para negociar condições de trabalho com os empresários do setor. A BRF será a primeira.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias das Carnes de Chapecó e Região (SITRACARNES) realizou, no dia 13 de abril passado, uma Assembleia para redigir a pauta de reivindicações para o setor, que começa a negociar coletivamente no início do mês de maio.
Jenir Ponciano de Paula, presidente do SITRACARNES, disse a A Rel que no próximo dia 30 de abril haverá uma primeira reunião com a patronal, dando início às negociações para o período.
“A BRF é a primeira empresa com a qual iremos negociar a pauta aprovada no dia 13 de abril passado.
Os principais pontos sempre são os salariais, mas esta pauta contempla também várias reivindicações de caráter social como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução salarial, e o aumento da licença-maternidade para 6 meses”, informou o dirigente.
O aumento proposto pelos trabalhadores corresponde a 5 por cento acima da inflação, bem como algumas melhorias que contemplem um piso salarial de 1.300 reais; 30 por cento de adicional noturno; aumento do ticket alimentação e o bônus por maternidade, além de outros benefícios sociais.
As trabalhadoras: 75 por cento
“Em nossa base sindical, no ano passado, conseguimos aumentar o tempo de licença-maternidade em uma empresa, e considerando o fato de que 75 por cento dos trabalhadores que atuam neste setor aqui em Chapecó e região são mulheres, decidimos incluir esta reivindicação na pauta deste ano para todas as empresas do setor”.
Entre as cláusulas com enfoque de gênero, o Sindicato também incluiu a de igual remuneração para homens e mulheres que realizem a mesma tarefa.
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Foto: SITRACARNES
Rel-UITA
30 de abril de 2014
Tradução: Luciana Gaffrée