A Rel dialogou com Carmen Foro, vice-presidenta da CUT e 2ª vice-presidenta da Confederação, para conhecer os detalhes da mobilização.

“A marcha deste ano traz como lemas a liberdade, a autonomia, a igualdade e a democracia, por abrangerem a sociedade como um todo, e a partir dos quais nascem as reivindicações feitas por nós em cada uma das pautas que apresentamos ao governo”, assinalou Foro.

Reforma agrária, produção, saúde, educação e a não violência contra as mulheres fazem parte transversal da pauta de reivindicações deste ano.

“O país está atravessando um momento bastante difícil e o nosso movimento completa hoje 15 anos e, portanto, não vamos a Brasília apenas com uma proposta, também vamos defender os direitos conquistados pelas mulheres trabalhadoras rurais ao longo destes anos”, disse.

“Vamos defender a democracia, denunciar as intenções de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e as barbaridades que ela, por ser mulher, vem sofrendo. Existe um ataque sistemático contra a figura da presidenta por parte da grande mídia”, enfatizou a dirigente.

Foro ressaltou também que Dilma “pode não contar com o apoio de muitos brasileiros, mas não permitiremos que seja atacada por sua condição de mulher, porque quando a atacam estão atacando a todas nós”.

Segundo explicou, está havendo no Brasil uma escalada de mensagens que incitam o ódio e a violência contra as mulheres através de diferentes meios de comunicação, partindo da imagem da presidenta.

“Nossa missão em Brasília neste ano é defender a nossa pauta e avançar nas reivindicações e nas conquistas, mas também é deixar uma mensagem aos conservadores deste país: não vamos aceitar nenhuma espécie de retrocesso em nossos direitos, e vamos defender a democracia com todas as nossas forças”, finalizou.