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Superando diferenças e fronteiras
Em Buenos Aires,
A.Latina
OPINIÃO

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O Clamu no Facebook
Superando diferenças e fronteiras
Por uma Rede Latino-Americana
de Mulheres Trabalhadoras
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Ilustração: Rel-UITA
O Comitê Latino-Americano de Mulheres da UITA (Clamu) vem desenvolvendo, desde sua criação em 2012, uma tarefa de coordenação com os diversos filiados da Internacional para imprimir ao trabalho sindical uma marcada perspectiva de gênero, além de promover ações concretas visando a desenvolver políticas públicas que apliquem o princípio de equidade entre homens e mulheres.

Lançar o Clamu em uma plataforma de redes sociais é fundamental para a nossa organização, porque nos permitirá entrelaçar experiências, superando diferenças e fronteiras físicas.

Nós mulheres sofremos alguns males endêmicos, que transcendem os países, como por exemplo, a discriminação e o limitado acesso à informação, levando-nos a ocupar trabalhos de menor qualidade.

Aprofundar na criação de políticas públicas visando ao trabalho decente, contra a violência de gênero e o tráfico de pessoas, é um dos principais pilares de todo o nosso trabalho.

Ter acesso a uma plataforma virtual que nos una, é hoje vital para dar continuidade aos objetivos do Comitê, já que nos permitirá cruzar dados estatísticos e dessa forma, elaborar programas e projetos de ação.

Desde a nossa fundação, realizamos Oficinas sobre o tráfico de pessoas, contando com a especialista no tema, Jaqueline Leite, do Chame do Brasil. Essas oficinas ampliam e divulgam informações sobre uma problemática que, de acordo com a OIT, afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, em sua maioria mulheres.

No imaginário coletivo, o tráfico de pessoas é visto fundamentalmente como um crime vinculado à prostituição, quando na verdade o espectro que abarca é muito mais amplo: tem que ver também com o trabalho forçado, a escravidão e o tráfico de órgãos.

Para dar difusão e denunciar crimes como estes, tão graves e espalhados pelo mundo inteiro, é que a plataforma das redes sociais será importante para nós.

Rel-UITA
6 de abril de 2015

Tradução: Luciana Gaffrée
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