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Da noite para o dia, despediu todo o setor de Distribuição, cerca de 250 motoristas e ajudantes, amparada na legislação brasileira sobre terceirizações, mas desconhecendo por completo a organização sindical.
Agora, se nega a negociar, com os trabalhadores da unidade, um novo convênio coletivo, comentou para A Rel, Airton Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Sorocaba, que representa os operários da empresa engarrafadora da Coca Cola na região.
“A data base com a Sorocaba Refrescos foi em maio. Desde então, não foi possível fazer com que a empresa apresentasse uma proposta salarial decente. A última oferta foi de um reajuste salarial com base na inflação, sem aumento real, junto a uma negativa de negociar com o Sindicato”, informou Oliveira.
Conforme explicação do dirigente, a direção da empresa comunicou que não negociará com o Sindicato, e oferecerá o reajuste salarial resultante da negociação válida para todo o estado de São Paulo, quando chegarem a um acordo.
“A Federação não chegou, com a patronal, a nenhum acordo válido para todo o estado e, além disso, em Sorocaba se negocia diretamente com a empresa as condições de trabalho e de salário. Mas, neste ano nos parece que esta empresa tomará outra de suas decisões verticais, desconhecendo a organização sindical”, destacou Oliveira, referindo-se ao caso dos trabalhadores da distribuição.
Na segunda-feira, 27 de julho, em uma assembleia realizada na fábrica da Sorocaba Refrescos, os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste oferecida pela empresa e manifestaram sua insatisfação diante da negativa da empresa em negociar com o Sindicato que os representa.
“Os trabalhadores resolveram entrar em estado de greve devido à negativa da empresa em melhorar sua proposta salarial e a negociar”.
“Se, durante esta semana, não vislumbrarmos uma mudança, paralisaremos as atividades na segunda-feira 3 de agosto”, afirmou o dirigente.
Tradução: Luciana Gaffrée