Com Roberto Santana
Não avança negociação
com Coca Cola Bahia
Os trabalhadores permanecem mobilizados
Foto: Giorgio Trucchi
Depois de várias negociações infrutíferas com a gerência da transnacional na Bahia, os trabalhadores da unidade fabril de Salvador, capital, começaram a se mobilizar devido à enorme distância entre o que reivindicam e o que a empresa lhes oferece.
A franquia da Coca Cola na Bahia emprega cerca de 3.000 trabalhadores e é propriedade do Grupo Solar que controla o mercado de refrigerantes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Este grupo, segundo informa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Bebidas da Bahia, Roberto Santana, assumiu a gerência da empresa há pouco mais de um ano e vem implementando uma política de mesquinharia salarial, assédio moral e perseguição sindical.
“Entre as ações de perseguição sindical, a empresa coloca infiltrados nas assembleias sindicais com o propósito de atemorizar através de ameaças aos trabalhadores. A empresa também interpôs uma medida cautelar mediante a qual o Sindicato não pode realizar nenhum tipo de manifestação sonora em frente à fábrica”, explicou Santana.
Santana também informou: “Dia 27 de junho passado solicitamos mediação, diante deste impasse, à Secretaria Regional do Trabalho. Após esta instância, a empresa apresentou uma nova proposta que será analisada na próxima segunda 7 de julho”, informou o dirigente.
Até o momento, a empresa tinha enviado uma proposta muito inferior ao reivindicado pelos trabalhadores, mantendo também uma injusta diferenciação salarial entre seus funcionários do interior do estado da Bahia e os que trabalham em Salvador.
“O Sindicato está lutando também para que haja uma equiparação salarial neste sentido, não é possível que a Coca Cola qualifique os trabalhadores do interior como de segunda categoria. Este é um ponto fundamental para a nossa luta”, finalizou Santana.