
Em Brasilia, Verônica Tozzi
A guerra dos conflitos agrários fez mais uma vítima, Maria Lúcia do Nascimento
Ex-presidenta de Sindicato é assassinada por fazendeiro
em Mato Grosso
em Mato Grosso
Foto: Arquivo Pessoal
Foi assassinada a tiros, nesta quarta-feira 13, a ex-presidenta do Sindicato de União do Sul, Mato Grosso, Maria Lúcia do Nascimento
A dirigente morava no assentamento Nova Conquista 2, no mesmo município. Recentemente, Maria Lúcia e mais 25 famílias receberam da justiça local a reintegração do assentamento à fazenda em que o mesmo estava instalado, podendo permanecer legalmente no local.
Tanto ela quanto as outras famílias assentadas, além de dirigentes do Sindicato de Trabalhadores na Agricultura local, já haviam sofrido ameaças do dono da fazenda, Gilberto Miranda, registradas em Boletins de Ocorrência e em atas de denúncias feitas diretamente ao ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho.
Tanto ela quanto as outras famílias assentadas, além de dirigentes do Sindicato de Trabalhadores na Agricultura local, já haviam sofrido ameaças do dono da fazenda, Gilberto Miranda, registradas em Boletins de Ocorrência e em atas de denúncias feitas diretamente ao ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho.
As ameaças foram testemunhadas, inclusive, por oficiais de justiça. O crime foi cometido dentro do assentamento, e testemunhas afirmam que o executor dos disparos foi um funcionário do fazendeiro, que há dias rondava a região com uma arma de fogo a mostra, intimidando as famílias.
A CONTAG já trabalha diretamente com o INCRA para que o caso seja apurado pelas autoridades o mais rápido possível.
A CONTAG já trabalha diretamente com o INCRA para que o caso seja apurado pelas autoridades o mais rápido possível.
O secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Xavier, acompanha pessoalmente o caso. “É o nosso papel denunciar e fazer com que esse assassino e o mandante sejam enviados para a cadeia. É inadmissível essa situação, que também acontece em vários estados.
Onde isso vai parar? Trabalhadores estão morrendo, outros sofrem ameaças e seus executores e ameaçadores ficam impunes”, declara o secretário.
Rel-UITA
14 de agosto de 2014